Humanismo de Haddad e Mandela são lembrados no XII no Congresso Nacional do PSB
outro deu mais respeito pro Brasil
ambos vivos na terra da história
dois vetores do bem contra o hóstil
Um pra o negro foi um libertador
Outro foi um político espalhador
De decência e de mais seriedade
Em Mandela eu enxergo convivência
em Jamil pulsa a voz da coerência
e a nossa homenagem é de verdade”
Os versos do poeta pernambucano Antônio Marinho emocionaram as mais de 1000 pessoas que lotaram o auditório Petrônio Portela do Senado Federal, na noite desta sexta-feira (2). A singela homenagem foi destinada a duas personalidades que, embora separados por continentes, convergiram na luta pela igualdade e bem-estar social: o ex-presidente da África do Sul, Nelson Mandela, e o ex-ministro da Saúde, Jamil Haddad.
“Nelson Mandela lutou pelo fim do apartheid racista na África do Sul e Jamil Haddad pelo fim do apartheid social no Brasil”, resumiu o primeiro-secretário do PSB, Carlos Siqueira.
O ex-presidente é considerado um guerreiro na luta pela liberdade, o político com maior autoridade moral no continente africano. Isso lhe permitiu desempenhar o papel de apaziguador de tensões e conflitos. “Falar de Mandela é falar do futuro do povo, é retomar um ideal socialista por um mundo mais justo e igualitário”, refletiu o presidente da República em exercício, Marco Maia.
Da mesma forma a visão humanitária e socialista de Haddad permitiu que ele, à frente do Ministério da Saúde no governo Itamar Franco (1992-1995), ampliasse o Sistema Único de Saúde (SUS) e criasse o programa de medicamentos genéricos, ambos de elevado alcance social. “Ser socialista é uma questão ética, Jamil era socialista por uma questão moral, não que o socialista seja mais ou menos eficiente que o capitalista, é porque para nós é inaceitável a exploração do homem pelo homem”, finalizou o vice-presidente nacional do PSB, Roberto Amaral.
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