Indenizações pagas com seguros de acidentes de trânsito triplicam em cinco anos no Brasil
Acidentes de trânsito são cada vez mais frequentes no dia a dia dos brasileiros. Imprudência na direção, aumento do número da frota e falta de infraestrutura e de segurança nas estradas deixam as pessoas mais vulneráveis a esse tipo de ocorrência. O aumento de vítimas reflete nos valores de indenizações pagas pelo seguro Dpvat (Danos Pessoais Causados por Veículos Automotores de Via Terrestre ou por sua Carga a Pessoas Transportadas ou Não) que, de 2005 a 2010, triplicou, saltando de R$ 707 milhões para R$ 2,2 bilhões.
De acordo com a seguradora Líder, que administra o Dpvat, todo o cidadão que sofre um acidente de trânsito tem direito garantido por lei ao ressarcimento, que pode ser por morte (R$ 13.500), invalidez permanente (até R$ 13.500, dependendo do tipo) e reembolso de despesas médicas (até R$ 2.700).
Ao comparar os números nos cinco anos, as mortes reduziram e as despesas médicas aumentaram. Mas o que alterou significantemente as indenizações pagas foi a quantidade de indenizações por invalidez.
Segundo Ricardo Xavier, diretor-presidente da Líder, o aumento da frota influenciou bastante nas estatísticas das indenizações.
– O desenvolvimento econômico possibilitou que as pessoas de classes mais baixas tivessem crédito e mais facilidade de comprar um veículo. Infelizmente, em contrapartida, a agente não vê o mesmo efeito nas ruas e estradas. A infraestutura rodoviária é muito precária e não acompanhou o desenvolvimento da frota. Isso colabora para a exposição ao risco.
O Denatran (Departamento nacional de Trânsito) constatou que, em 2005, a frota no Brasil era de 42.071.961. Em 2010 subiu 64.817.974. Os dados mostram que a frota de motocicletas aumentou mais de 100% neste período. Xavier disse que, em consequência disso, o maior número de acidentados nos últimos dois anos é com este tipo de veículo.
A seguradora Líder informou que 5% do valor arrecadado com o pagamento do seguro obrigatório pelos proprietários de veículos são repassados ao Ministério das Cidades, para aplicação exclusiva em programas destinados à prevenção de acidentes de trânsito.
Do restante total dos recursos, 50% são voltados para o pagamento das indenizações e despesas administrativas; 2% é de lucro para as 70 seguradoras que fazem parte do consórcio de seguradoras administrada pela Líder; e 45% são destinados ao Ministério da Saúde, para custeio do atendimento médico-hospitalar às vítimas de acidentes de trânsito em todo país.
Homens são maioria nos acidentes
Segundo o Ministério da Saúde, em 2010, foram realizadas 145.920 internações financiadas pelo SUS (Sistema Único de Saúde), com um custo de aproximadamente R$ 187 milhões. Neste período, os homens representaram 78,3% das vítimas, enquanto as mulheres representaram 21,7%. A maioria das vítimas tinha entre 21 e 30 anos. A Região Sudeste concentra quase metade dessas internações – 44,9%.
Fonte: R7
Blog do Deputado Federal GONZAGA PATRIOTA (PSB/PE)
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