Lei que beneficia agricultura familiar, enriquece merenda de escolas de Caruaru
Pequenos criadores fizeram uma parceria com a Prefeitura de Caruaru para fornecer carnes de bode e de boi para as escolas municipais. Uma forma de atender a uma lei de 2009, que estimula o consumo de produtos da agricultura familiar na merenda. Dos alimentos adquiridos, 30% deve ter sido produzido por meio deste tipo de agricultura. Mas muitos outros municípios estão tendo dificuldades em cumprir essa determinação. Por mês, 130 escolas da cidade e da zona rural vão receber 200 quilos de carne, o que beneficiará 35 mil alunos e auxiliará na renda de vários agricultores. Desde janeiro os estudantes já contam com 25 toneladas de frutas e verduras.
De acordo com a diretora de escola Soraia Batista, os alunos da escola estão até levando novos hábitos alimentares para as suas casas. “Nós temos relatos de crianças que, segundo os pais, nunca comiam saladas e hoje em dia mudam até esse hábito de casa por conta da escola”, afirma.
A coordenadora do Programa de Merenda de Caruaru Cristiane Vilela conta que a merenda oferecida nas escolas é rica em valor nutricional.“A gente oferta mais proteínas com um valor nutritivo mais elevado, além de zinco, ferro e vitaminas do complexo B”, explica.
Já o agricultor José Gomes Florêncio afirma que o negócio é mais vantajoso do que a venda dos produtos em outros locais. “Na feira nós vendemos o quilo das carnes por no máximo R$ 6 e aqui nós vendemos o quilo do caprino a R$ 15 e o do bovino a R$ 13 para a Prefeitura”, diz.
Por esse caminho, os agricultores podem garantir a venda dos produtos, segundo o agrônomo do IPA Fábio César. “Os produtos têm um preço fixo, pré-estabelecido e uma comercialização garantida, tornando-se um bom negócio para os agricultores”, explica.
Só que a lei que obriga os governos a adquirirem alimentos das famílias que sobrevivem da agricultura, está custando a ser cumprida.
O gestor do Programa Nacional de Alimentação em Pernambuco Gilberto Ramos afirma que por se tratar de uma lei nova, muitos municípios ainda não se adaptaram. “Com essa lei, pelo menos 30% dos recursos que vem para o estado e é repassado para as secretarias municipais devem ser utilizados para comprar produtos originários da agricultura familiar, sem licitação, por meio de uma chamada pública. O que acontece é que muitos municípios têm dificuldades em compreender essa modalidade que não está dentro da licitação”, explica
Fonte: pe360graus.com
Blog do Deputado Federal GONZAGA PATRIOTA (PSB/PE)
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