Mais de 30% das famílias brasileiras estão no pendura
Um dito popular tornou-se realidade para 32,8% das famílias brasileiras. É o tal do “devo, não nego, pago quando puder”. Este alto percentual de quem diz que não ter condições de quitar as contas em atraso está no Índice de Expectativas das Famílias (IEF). O levantamento é realizado pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea). Os números de julho foram divulgados ontem. Tem mais. A Confederação Nacional dos Dirigentes Lojistas (CNDL) divulgou que, em julho, a inadimplência do consumidor registrou alta de 8,55% na comparação com o mesmo mês de 2010.
O IEF mostrou que, entre os que têm dívidas, 47,8% disseram que vão conseguir quitá-las parcialmente. Apenas 16,4% dos entrevistados terão condições de honrar os compromissos sem problemas. As famílias do Norte são as que têm maiores dificuldades de pagar as contas em atraso: 55,9%. No Nordeste, 27% das famílias disseram não ter condições de pagar os atrasados. A grande maioria (61,9%) disse que só poderá quitar as contas em parte. E 10,2% garantiram que pagarão as dívidas sem problemas.
Ainda de acordo com o levantamento do Ipea, o valor médio da dívida dos brasileiros aumentou 2,06% entre junho e julho, passando de R$ 4.343,95 para R$ 4.433,65. Se serve de consolo para os endividados, na comparação com julho de 2010, o valor é 18,30%. Um ano atrás, a dívida média do brasileiro era de R$ 5.426,59. Para 39,1% das famílias, a dívida representa até uma vez a renda mensal. Pior para 15,7% dos endividados. Eles responderam que o que devem corresponde a mais de cinco vezes a renda mensal da família.
Já a alta da inadimplência verificada pela CNDL foi a sexta seguida, o que, segundo os técnicos da instituição, sugere uma cautela ainda maior por parte de lojistas e consumidores para o restante do ano. O presidente da CNDL, Roque Pellizzaro Júnior, defende a “qualidade do crédito, pois o público tende a pagar, em primeiro lugar, a prestação da casa, em vez do financiamento do calçado, do vestuário ou do eletrodoméstico”. Para ele, a tendência é de crescimento da inadimplência no restante deste ano, fechando em 7,5% na comparação com 2010.
Fonte: Diário de Pernambuco
Blog do Deputado Federal GONZAGA PATRIOTA (PSB/PE)
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