Médicos são treinados pela Fifa para lidar com emergências em estádios
Durante a Copa, a torcida é para que os médicos não entrem em campo, mas se for preciso profissionais de vários estados já estão treinando. O treinamento é feito com um especialista mandado pela Fifa. As aulas incluem simulações de atendimento de emergência em um gramado de verdade. Os médicos se surpreenderam com algumas procedimentos.
O curso foi dado por Efraim Kramer um especialista em emergências que coordenou os trabalhos na última Copa do Mundo, na África do Sul. Durante dois dias, 50 médicos de sete estados e do Distrito Federal conheceram algumas técnicas recomendadas pela Fifa.
“A idéia é que a gente crie profissionais médicos com a capacidade para entender e atender as emergências que podem acontecer dentro do campo e dentro do estádio durante uma partida de futebol”, disse André Pedrinelli, diretor do Centro Médico de Excelência da Fifa.
Os médicos que participaram do curso são acostumados a enfrentar emergências variadas nos hospitais em que trabalham. Mas, apesar de toda a experiência, eles aprenderam outras técnicas para lidar com situações extremas dentro de um estádio de futebol.
Uma parte do curso foi direcionada ao atendimento a jogadores com paradas cardíacas. Os profissionais foram surpreendidos com a recomendação de que a regulagem do aparelho deve ser diferente da usada atualmente nos estádios do país.
Hoje os desfibriladores vêm ajustados de fábrica para pacientes que não são atletas. As cargas do aparelho oscilam entre 90 e 120 joules. Para casos envolvendo jogadores, o especialista da Fifa recomendou que o aparelho fosse ajustado em uma potencia bem maior, de 270 joules.
“Ele orientou que o atleta tem uma área cardíaca maior e a gente tem de tentar entrar com a dose máxima, que seriam 270 joules”, lembrou o médico do Brasiliense, Fabiano Dutra.
“Eu acho uma orientação prática, porque o momento de recuperação do atleta é um momento muito especifico. Você tem pouco tempo para reabilitar aquele atleta em uma situação de risco”, acrescentou o médico Vagner Nogueira.
As atividades não ficaram apenas dentro das salas do Hospital das Clínicas. No Parque São Jorge, na sede do clube do Corinthians, os médicos também fizeram uma aula prática de remoções. Houve simulação de atendimentos no gramado e nas arquibancadas.
O especialista da Fifa explicou que o treinamento deve ser repetido várias vezes para que as pessoas não cometam erros no momento de necessidade. Ele disse também que ficou encantado com a disposição e energia dos médicos brasileiros.
Quando perguntado quem achava que deveria ganhar a Copa, o especialista da Fifa não vacilou: “Os torcedores, porque a Copa vai ser um espetáculo fantástico”.
Até 2014, outros treinamentos vão ser realizados nas cidades-sede. Os médicos que participaram do curso em São Paulo não têm a garantia de que serão escalados para trabalhar na Copa, mas poderão ensinar nos outros estados o que aprenderam.
Fonte: G1
Blog do Deputado Federal GONZAGA PATRIOTA (PSB/PE)
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