Ministro da Saúde se posiciona contra pressão da Fifa pela venda de bebidas alcoólicas na Copa
A polêmica envolvendo a posição favorável da Fifa sobre venda de bebidas alcoólicas nos estádios durante a Copa do Mundo causou uma reação do ministro da Saúde, Alexandre Padilha, nesta quarta-feira (7). Em audiência da Comissão Especial sobre o Consumo de Bebidas Alcoólicas, ele se colocou publicamente contra a exigência da entidade.
Para Padilha, é preciso resistir ao pedido da Fifa e o país não deve abrir uma exceção apenas durante a Copa, já que a venda de bebidas alcoólicas é proibida nos estádios em todas as outras competições realizadas no Brasil. Vale lembrar que uma marca de cerveja é uma das patrocinadoras do Mundial.
O caso cria um racha no governo, já que o deputado Vicente Cândido (PT-SP), da base governista, apresentou nesta terça-feira (6) o relatório para a Lei Geral da Copa. Ele acabou cedendo à pressão da Fifa pela liberação da venda de bebidas alcoólicas. O deputado incluiu na Lei Geral da Copa uma alteração ao Estatuto do Torcedor para que seja permitida a venda e o consumo, mas apenas em bares e restaurantes localizados nos estádios de futebol.
A alteração na lei acontece em momento delicado para o presidente da CBF e do COL, Ricardo Teixeira, e vem a calhar com a nova organização do Comitê Organizador Local. Acusado de cometer crimes no Brasil e no exterior, o cartola está sob a mira da Polícia Federal e da Fifa. João Havelange, ex-sogro de Teixeira, também está sendo investigado e renunciou na terça-feira (5) à vaga de membro do COI (Comitê Olímpico Internacional).
A pedido dos deputados membros da comissão especial da Copa, foi declarado visto coletivo para que os parlamentares pudessem estudar melhor o assunto. A votação da Lei Geral da Copa está marcada para próxima terça-feira (13).
Fonte: R7
Blog do Deputado Federal GONZAGA PATRIOTA (PSB/PE)
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