Mudança nas regras de transporte vai encarecer água e gás
Apesar das críticas e pedidos de adiamento por parte dos distribuidores de gás, a partir de quinta-feira entra em vigor resolução do Conselho Nacional de Trânsito (Contran) que proíbe o transporte de botijões de gás e galões de água em motocicletas. A nova legislação obriga as distribuidoras a adaptar a frota, usando sidecars, reboques ou caminhonetes em detrimento à “carona”. E a consequência, segundo representantes do setor de revenda de GLP, é a previsão de aumento de até 10% no preço do produto para o consumidor final. Caso contrário, moradores de aglomerados e vilas, áreas mais afetadas pela medida, poderiam sofrer com o fim das entregas.
A Resolução 356 do Contran “estabelece requisitos mínimos de segurança para o transporte remunerado de passageiros e de cargas em motocicleta e motoneta”, criando normas específicas para baús, capacetes e acessórios usados pelos transportadores. No parágrafo 12, a resolução afirma que é “proibido o transporte de combustíveis inflamáveis ou tóxicos e de galões, com exceção de botijões de gás com capacidade máxima de 13 quilos e de galões contendo água mineral, com capacidade máxima de 20 litros, desde que com auxílio de sidecar”. No caso de galões e botijões com capacidade acima do permitido, o transporte deve ser feito por veículos maiores, como caminhonetes e caminhões. No artigo seguinte, é estabelecido que o transporte de carga em semirreboque ou sidecar deve obedecer aos limites determinados pelo fabricante, “não podendo a altura da carga exceder o limite superior do assento da motocicleta em mais de 40 centímetros”.
O presidente da Associação Brasileiras dos Revendedores de GLP (Asmirg -BR), Alexandre Borjaili, afirma que em determinadas regiões é inviável que o transporte seja feito com sidecar, triciclo e carreto, por causa da dificuldade de locomoção desses veículos em becos e vielas de favelas. Por outro lado, caso a opção seja a entrega por caminhonetes e caminhões, o processo é moroso e arriscado, já que o motorista precisa deixar o veículo sozinho enquanto sobe com o botijão nas costas para fazer a entrega. “A consequência é que a população de baixa renda pode ficar desabastecida. Nas áreas centrais, a entrega é feita em veículos maiores”, diz Borjaili, reforçando que, apesar de o aumento de preços ainda não ter sido oficializado, essa pode ser a consequência para suprir o custo com a adaptação da frota.
Fonte: Estado de Minas
Blog do Deputado Federal GONZAGA PATRIOTA (PSB/PE)
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