Nota baixa para engenharia preocupa a UFPE
De cada quatro candidatos que participaram do vestibular para o conjunto das engenharias da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), realizado em julho, apenas um conseguiu ultrapassar a nota 2, mínima exigida para livrar-se do ponto de corte. Dos 2.718 concorrentes, 725, equivalente a 26,6% do total de participantes, entraram realmente na disputa pelas 310 vagas oferecidas. O resultado do concurso, divulgado quinta-feira (21), provoca uma reflexão sobre a qualidade do aluno que concluiu o ensino médio.
O vestibular foi dividido em duas etapas. A primeira consistiu no Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), aplicado no fim do ano passado pelo Ministério da Educação (MEC). A segunda fase teve duas questões discursivas de português e provas de matemática (com maior peso, 3), física (peso 2) e química (peso 2).
Ao separar as notas da segunda etapa por disciplina, observa-se que a média em matemática foi a mais baixa, 1,89. Em seguida, aparece física, com 2,39 e depois química, com 3,34. Para calcular a média, a Comissão do Vestibular (Covest) soma o desempenho de todos os alunos na disciplina e retira uma nota. A maior nota de um candidato no vestibular das engenharias foi 8,58. A menor nota que garantiu vaga foi 5,92. Entre os candidatos que poderão ser remanejados, a maior nota é 5,92 e a menor, 3,90.
“Esse resultado do vestibular é uma equação que não tem uma única variável. É preciso avaliar o ensino médio, a preparação dos candidatos para as provas e até o nível dos testes”, observa o presidente da Covest, Armando Cavalcanti. Segundo ele, será feita uma análise técnica do vestibular. Um relatório vai ser enviado para os professores das bancas que redigem as provas, os coordenadores de cursos, a direção do CTG e a pró-reitoria acadêmica da UFPE.
Entre os 1.137 vestibulandos que solicitaram o bônus de 10% na nota – concedido apenas para quem estudou todo o ensino médio em escola pública – somente 30 passaram do ponto de corte. Ou seja: 1.107 tiraram nota menor que 2 no concurso. “Estamos investindo em programas para melhorar a aprendizagem dos alunos. Um deles é o que oferece aulas de reforço de português e matemática no contraturno”, explica a gerente de Políticas Educacionais do Ensino Médio da Secretaria Estadual de Educação, Simone Santiago. O governo pretende também implantar ao menos uma escola de ensino integral em cada um dos 184 municípios de Pernambuco.
Fonte: Jornal do Commercio
Blog do Deputado Federal GONZAGA PATRIOTA (PSB/PE)
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