Número de empresas com horário flexível para empregados cai 21%
Ao menos 62% das empresas brasileiras adotam políticas de horário flexível, segundo pesquisa divulgada nesta quinta-feira, 30 de junho. A quantidade é bem menor do que o registrado em 2010, quando 83% das companhias afirmavam trabalhar sem rigidez de horas.
Os dados são de uma pesquisa da Grant Thornton, empresa de auditoria presente em vários países. O percentual brasileiro, no entanto, está dentro da média global – 64% das empresas no mundo dizem permitir que os funcionários façam o seu próprio horário.
O país campeão em flexibilidade de horário no emprego é a Finlândia, em que 92% das empresas dizem seguir essa regra. A Suécia (86%), a Austrália (85%) e a Tailândia (85%) vêm na sequência.
A pesquisa avalia mais de 11 mil empresas em 39 países anualmente, afirma a Grant Thornton. O estudo é chamado chamado de Relatório Internacional de Negócios, em tradução do inglês (Internacional Business Report).
Qualidade de vida
Os chefes deveriam dar mais qualidade de vida a seus funcionários, afirma em nota o responsável pelo estudo na América Latina, Javier Martinez.
– As empresas têm que investir para dar mais benefícios aos seus funcionários, procurando estabelecer um equilíbrio entre a vida profissional e a pessoal. A criação de políticas nesse sentido ainda não acontece tanto na prática.
O país mais rígido em termos de horas é o Japão – só 18% das companhias dizem permitir que os funcionários façam seu horário. O segundo lugar em rigidez fica com a Armênia (25%) e o terceiro, com a Grécia (26%).
Os países do BRIC (Brasil, Rússia, Índica e China) não são exemplo de flexibilidade: só 59% das empresas permitem que os trabalhadores entram e saiam quando quiserem, enquanto na América do Norte (onde estão os EUA, o México e o Canadá) quase 80% das companhias afrouxaram a regra do horário.
Martinez pondera que relaxar a corda do horário rígido pode ser bom para as empresas.
– Com a atual escassez de mão de obra qualificada, as empresas precisarão ter diferenciais para reter talentos, e certamente esse tipo de ação tem que começar a crescer.
Para o pesquisador, o Brasil deve olhar o tema com cuidado.
– Os empresários brasileiros têm que esquecer questões culturais e dar maior flexibilidade.
Blog do Deputado Federal GONZAGA PATRIOTA (PSB/PE)
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