Pernambuco tem sistema alternativo para coleta de materiais recicláveis
Um levantamento da Associação Brasileira da Indústria do PET (Abipet) mostrou que a reciclagem no Brasil tem se tornado mais do que um processo fundamental na proteção ao meio ambiente: o setor vem dando lucro ao país, que é um dos líderes mundiais. O estudo revela que 56% das embalagens PET foram recicladas em 2010, o que gerou um faturamento de R$ 1,18 bilhão.
No ano passado, foram recicladas 282 mil toneladas de garrafas PET no país – quase 8% a mais que em 2009. Apesar do crescimento das indústrias de reciclagem, o Brasil ainda apresenta uma defasagem na coleta seletiva. Em Pernambuco, a saída foi a criação de sistemas alternativos, como cooperativas e entidades que se especializam em gerar renda para a população transformando os materiais recicláveis.
“Pernambuco começou cedo e, portanto, tem uma indústria de PET bem desenvolvida. Há uma empresa aqui de grande porte e bastante consistente em relação ao tempo de vida, já bem madura”, afirma o presidente da Abipet, Auri Maçon. “Isso fez com que criasse demanda para o material, agregando valor ao produto e, portanto, incentivando economicamente toda uma cadeia de reciclagem”, acrescenta.
Segundo ele, a aplicação mais comum para o PET é na indústria têxtil. “Hoje se faz edredom, travesseiros, roupas, tecidos e até malhas para camisetas. Existe também o mercado químico, de resinas estruturais, aquela fibra de vidro usada para fazer banco de ônibus, banheiras, piscinas, peças de veículos, uma infinidade de aplicações”, explica.
A rentabilidade do setor tem atraído muitos investidores, mas o presidente orienta a não ir com tanta sede ao pote. “É melhor começar pequeno, vendendo garrafas a outras cooperativas e depois fazendo isso crescer. Prensagens, moagens e assim por diante. É preciso que se verifique se na sua cidade já não tenha empresas do ramo, pois a quantidade de PET é limitada”, alerta.
Auri Maçon citou exemplos práticos para explicar o impacto da reciclagem do PET no meio ambiente: “Se um caminhão sai de Recife para fazer entrega em Jaboatão, carregado de garrafas de vidro, 48% do peso da carga é embalagem. Então eu faço mais emissões. Se esse mesmo carregamento é de garrafas PET, apenas 2% da carga é embalagem. Isso faz com que reduza muito a emissão de CO2 no sistema de transporte”.
Fonte: G1 PE
Blog do Deputado Federal GONZAGA PATRIOTA (PSB/PE)
Nenhum comentário