Pescadores serão afetados por vazamento de óleo na bacia de Campos, alerta prefeitura de Macaé
Quase 500 pescadores de Macaé, cidade do norte fluminense, podem ficar sem trabalho por causa do vazamento de óleo na bacia de Campos. O alerta foi feito nesta terça-feira (22) pelo subsecretário municipal de Pesca, José Carlos Bento. Segundo ele, a prefeitura já estuda formas de cobrar indenização à petroleira americana Chevron, responsável pelo vazamento, para os pescadores prejudicados.
– Os pescadores que atuam longe da costa vão ser afetados pelo vazamento com certeza. Além do problema dos peixes contaminados, eles vão ter que descobrir novas áreas para trabalhar. Os peixes que não morrerem com a poluição migrarão para outros locais.
Bento diz que já enviou ao Congresso Nacional um requerimento pedindo maior atenção para o problema dos pescadores. Ele se reuniu com representantes do Ministério da Pesca e políticos ligados ao município para definir a estratégia de ação.
– A ideia é encontrar uma solução para que essas famílias não fiquem sem sustento.
Em Macaé, há 1.200 pescadores e 40% desse total (480) trabalham nas imediações da área afetada. De acordo com a ANP (Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis), a mancha continua se deslocando para longe da costa e tem cerca de 2 km² de área.
Entretanto, essa situação não tranquiliza o subsecretário, que lembrou que as correntes estão arrastando a mancha e espalhando o óleo pelo oceano. Já a Secretaria do Estado do Ambiente contradiz a ANP ao afirmar que praias podem ser atingidas pelo óleo.
O vazamento de óleo por uma rachadura no solo do oceano foi descoberto no último dia 9. Uma fenda de 300 m surgiu durante a perfuração de um poço de petróleo no campo do Frade, na bacia de Campos, a mais de 100 km da costa. A Chevron, empresa responsável pelo campo, fechou parte das fissuras feitas no solo, mas não conseguiu estancar completamente o vazamento.
Segundo a ANP, foram despejados no mar o equivalente a, ao menos, 50 caminhões-pipa durante o acidente. Técnicos da ANP, do IBAMA (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e Recursos Naturais) e da Marinha fazem sobrevoos diários sobre a área afetada para monitorar o deslocamento da mancha e as condições do vazamento.
Fonte: R7
Blog do Deputado Federal GONZAGA PATRIOTA (PSB/PE)
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