Pilotos, comissários e pessoal que trabalha em terra ameaçam greve às vésperas do Natal
Os aeronautas – pilotos, copilotos e comissários de bordo – e os aeroviários – empregados das empresas aéreas que trabalham em terra – ameaçam cruzar os braços na próxima quinta-feira (22), se não tiverem o pedido de reajuste salarial atendido pelas companhias.
A discussão em torno do aumento foi parar na Justiça do Trabalho, que deve mediar a primeira audiência de conciliação entre trabalhadores e empresas para acertar um acordo coletivo. O encontro será no início da tarde de segunda-feira (19).
Os trabalhadores reclamam que a negociação está emperrada com as aéreas. A categoria pede reajuste de 13%, mas as companhias oferecem só 3%.
No documento enviado à Justiça, os sindicatos das duas categorias anexaram um estudo que mostra que, nos últimos cinco anos, o setor aéreo cresceu, em média, 15,37% ao ano. Já os trabalhadores, segundo o estudo, receberam aumento real de 7,79% no período.
A paralisação deverá provocar filas e abarrotar os saguões dos aeroportos brasileiros, sobretudo nos mais movimentados, como os de Guarulhos e Congonhas, em São Paulo; Santos Dumont e Galeão, no Rio de Janeiro; e o de Brasília.
Juntos, esses aeroportos receberam 70,5 milhões de pessoas entre janeiro e outubro deste ano, segundo a Infraero (estatal que administra a maioria dos aeroportos brasileiros). Isso dá uma média de 7 milhões de pessoas por mês ou 235 mil pessoas por dia.
Em notas nos sites oficiais, a Fentac/CUT (Federação Nacional dos Trabalhadores em Aviação Civil) e o Sindicato Nacional dos Aeronautas convocam os trabalhadores a aderir a greve no dia 22, já que “não houve avanços na proposta das empresas durante a reunião”.
A reportagem do R7 entrou em contato com o SNA (Sindicato Nacional dos Aeroviários), com o Sindicato Nacional dos Aeronautas e com o Snea (Sindicato Nacional das Empresas Aéreas), mas ninguém atendeu aos telefonemas.
Apesar da ameaça de paralisação, os sindicatos admitem que a greve pode ficar só no papel, já que as empresas podem procurá-los para uma nova reunião na próxima semana e, assim, evitar a pausa às vésperas do Natal – uma das datas mais em que o movimento nos terminais mais cresce.
Fonte: R7
Blog do Deputado Federal GONZAGA PATRIOTA (PSB/PE)
Nenhum comentário