Procon-PE constata variação de 300% no preço de itens da ceia natalina
Ainda falta mais de uma semana para o Natal, mas a procura nos supermercados por produtos para a ceia já é grande. De olho nesses consumidores, o Procon Pernambuco divulgou, nesta quinta-feira (15), uma pesquisa de preços dos principais produtos para a refeição da noite natalina. Ao todo, dezesseis estebelecimentos da Região Metropolitana do Recife foram visitados, entre os dias 5 e 9 deste mês, e os fiscais constataram diferença de 300% entre alguns itens.
Queijos, vinhos, espumantes, panetones, carnes, aves, biscoitos, frutas secas e em calda foram os principais alvos do trabalho do Procon. Segundo o levantamento, a maior diferença encontrada foi no preço da castanha de caju (365% entre o mais barato e o mais caro) e da ameixa seca com caroço (265%). De acordo com o Procon, a pesquisa demonstrou que houve um aumento em quase todos os produtos pesquisados, em comparação com 2010.
A constatação do levantamento coincide com a percepção de alguns consumidores. A funcionária pública Suely Falcão, por exemplo, notou o aumento de preço em itens como peru e tender. No entanto, não é essa alta que vai fazê-la modificar a ceia. “A minha filosofia é que o Natal é uma data importante, para celebrar o nascimento de Jesus e reunir a família. Acabamos fazendo um jantar mais caprichado, mas, dividindo os valores aqui e ali, conseguimos resolver”, afirma.
No momento em que foi abordada pela reportagem do G1, Suely estava avaliando os preços do queijo do reino – item que teve uma variação de preço de 86,92% na pesquisa do Procon. “Em relação a esse produto, a região Nordeste é a que mais compra, sem dúvida, porque tem um público fiel que não deixa de procurar”, revela o diretor comercial do Walmart na Região, Adriano Viana.
Entre as frutas secas, as nozes chamaram a atenção dos fiscais: a porção de 100g do produto teve um aumento de preço de 100% em relação ao ano passado. O pernil suíno, prato tradicional para a ceia de muitos brasileiros, também apresentou uma grande variação, de 92,76% entre o valor mais barato e o mais caro encontrado pelos fiscais.
A dica do Procon é a mesma que vale para todas as épocas do ano: pesquisar, pechinchar e avaliar a relação entre preço e qualidade. Esse conselho já é seguido pela dona de casa Virgínia Melo Branco, para quem os preços estão terríveis. “Para fazer o dinheiro render, eu levo uma menor quantidade ou procuro outra marca, mais em conta. É o único jeito para não deixar de ter tudo na ceia”, afirma.
Fonte: G1 PE
Blog do Deputado Federal GONZAGA PATRIOTA (PSB/PE)
Nenhum comentário