Rio-20: Economia Verde e Desenvolvimento Sustentável
Considerados temas centrais da conferência Rio+20 ou Economia Verde e Desenvolvimento Sustentável, suscitam o debate por si mesmo; Ambos serão debatidos democraticamente em uma grande conferência marcada para junho de 2012, no Rio de Janeiro, a Rio+20; o assunto vem provocando encontros de especialistas, ONGs e representantes da sociedade, desde o ano passado.
De forma geral, espera-se que as decisões tomadas por lá sejam mais que um balanço dos últimos 20 anos que a separa da Rio 92, marco na história socioambiental mundial que resultou numa série de documentos importantes, como a Agenda 21, e também nas Convenções sobre Clima e Diversidade Biológica.
Duas décadas se passaram desde a realização da Conferência das Nações Unidas sobre Ambiente e Desenvolvimento, mais conhecida por Cúpula da Terra e Eco ou Rio 92, considerada a mais importante Conferência ambiental do mundo, até hoje.
Mesmo depois de tanto tempo, o que se constata é que há muito a se fazer na agenda socioambiental mundial, proposta durante o encontro. Com o objetivo inicial de fazer um balanço de realizações e desafios, neste período, o Brasil sediará novamente o Encontro organizado pela ONU – Organização das Nações Unidas, que ocorrerá nos dias 04, 05 e 06 de junho do próximo ano.
Esperar grandes resoluções dessa Conferência ainda é prematuro, segundo informam representantes da organização brasileira e especialistas da Planeta Sustentável. Por outro lado, não são descartados acordos políticos que possam readequar os rumos das ações atreladas aos principais documentos originados na época, tais como: Declaração do Rio de Janeiro, Agenda 21, Declaração de Princípios sobre as Florestas, Convenção sobre Mudanças do Clima e Convenção sobre a Diversidade Biológica.
No caso das Convenções, as repercussões a serem analisadas se estendem aos processos das COPs – Conferências das Partes, sendo que as mais recentes foram respectivamente a COP10, de Nagoya, em 2010 (Diversidade Biológica) e COP16, no México, sobre o Clima.
A Rio 92 foi um momento de conjunção política muito forte, com contexto que favoreceu aos resultados alcançados. Embora haja dificuldade de se implementar as propostas, o evento é até hoje referência dos processos políticos e isso não está perdido. Os tratados e convenções são bons, mas faltam ser cumpridos. “A Rio+20 se propõe a fazer o balanço dessas lacunas”, conforme destaca Fernando Lyrio, chefe da Assessoria de Assuntos Internacionais do Ministério de Meio Ambiente.
Lyrio diz que, por um lado, há um certo ceticismo em torno da eficiência do sistema multilateral da ONU, devido aos poucos resultados eficientes ao longo dos anos. Mas qual seria a alternativa a isso? “Não fazer nada seria inviável”, avalia o técnico do MMA. Ele explica que a proposta da Rio+20 foi brasileira, com o objetivo de incorporar novos temas, além de se fazer um diagnóstico do que já foi realizado. “Na linha histórica, é importante recordar que antes, a primeira grande conferência foi em Estocolmo, em 1972, e depois da Rio 92, houve a Rio +10, em Johanesburgo, na África do Sul”.
GONZAGA PATRIOTA, Contador, Advogado, Administrador de Empresas e Jornalista, Pós- Graduado em Ciência Política e Mestre em Ciência Política e Políticas Públicas e Governo e Doutorando em Direito Civil, pela Universidade Federal da Argentina.
Blog do Deputado Federal GONZAGA PATRIOTA (PSB/PE)
Nenhum comentário