Rio é a segunda cidade mais cara das Américas
Enquanto o Brasil atrai um número crescente de trabalhadores estrangeiros (são 1,4 milhão em todo o país, segundo dados do Ministério da Justiça), o custo de vida para eles está cada vez mais alto por aqui. E se Rio é um dos destinos preferidos desses imigrantes, é também o mais caro. Segundo um estudo divulgado pela consultoria inglesa ECA International, a cidade é a mais cara do Brasil para esses “expatriados”, a segunda mais cara das Américas e a 22ª do mundo.
No ranking das Américas, o Rio só perde para Caracas (13ª do mundo), capital da Venezuela. E fica à frente de metrópoles como Toronto (57ª) e Montreal (62ª), no Canadá, ou Nova York (78ª) e Los Angeles (88ª), nos Estados Unidos. São Paulo e Brasília também aparecem no topo do ranking das cidades com mais altos custos de vida das Américas, em terceiro e quarto lugares, respectivamente (29ª e 33ª posições no mundo).
De acordo com a pesquisa, o fortalecimento do real frente a muitas das principais moedas e a inflação dos preços contribuíram para que as cidades brasileiras aparecessem entre as mais custosas do mundo para se viver. O Rio, por exemplo, ocupava apenas a 141ª posição no ranking global três anos atrás. Para Lauren Smith, gerente geral da ECA International Nova York, essa ascensão representa uma faca de dois gumes para o país.
— Para as empresas trazendo talentos seniores para o país, o custo de um trabalho aumentará, já que são necessários subsídios maiores para manter o poder de compra dos funcionários. Por outro lado, as empresas que enviam funcionários para fora do Brasil podem encontrar um custo de vida mais baixo e ainda oferecer uma remuneração suficiente para manter um bom padrão de vida — afirmou ele em nota da empresa, onde disse ainda que as incertezas na economia e a crise europeia podem mudar rapidamente esse quadro.
Atualmente, após Caracas e as três cidades brasileiras, as mais caras da América Latina são Bogotá (92ª globalmente), na Colômbia, e Buenos Aires (95ª), na Argentina. A capital argentina, aliás, foi a que apresentou maior salto no ranking do mundo, pulando 68 posições. Já La Paz, capital da Bolívia, é a mais barata das Américas (231ª mundialmente). Lá, a cesta de bens e serviços usada pela ECA para calcular o custo de vida para trabalhadores estrangeiros custa a metade do preço do Rio.
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