Sertão do São Francisco começa produzir frutas típicas de clima frio
Desde 2005, a Codevasf patrocina pesquisas científicas para introdução de novas fruteiras no Vale do São Francisco. Os experimentos da Embrapa Semi-arido estão superando fatores físico-climáticos para colher em solo nordestino maçã, pêra e caqui e outras frutas típicas de clima temperado. “Quando eu morava em Curitiba, você falava em plantio de uva no Nordeste e a gente ficava realmente incrédulo,” confessa hoje o fruticultor Milton Bin, proprietário de um lote agrícola no Perímetro de Irrigação Senador Nilo Coelho. Em novembro de 2010, o produtor paranaense tornou-se o pioneiro no ensaio para cultivo em escala comercial de macieiras, pereiras e caquizeiros estudados pela Embrapa. “A colocação que se faz sobre a maçã, não é pra clima frio?, mas a uva também era pra ser”, afirma confiante Bin. Hoje, 97% da uva brasileira consumida no exterior é colhida nas videiras irrigadas pelo Velho Chico.
A inserção de novas variedades de fruteiras no Vale do São Francisco é resultado do Projeto de Integração e Avaliação de culturas alternativas para as áreas irrigadas do Semiárido Brasileiro desenvolvido pelo pesquisador da Embrapa Semi-árido, Paulo Roberto Coelho Lopes. O financiamento é bancado pela Codevasf, Banco do Nordeste e Fundação de Amparo à Ciência e Tecnologia do Estado de Pernambuco (Facepe). Só a Companhia ligada ao Ministério da Integração repassou mais de R$ 1 milhão ao projeto. “Essas pesquisas científicas servem para diversificar a fruticultura do Vale do São Francisco.
A proposta vai trazer um novo ciclo de desenvolvimento econômico para a região, algo parecido como o que aconteceu com a chegada da uva na década de 70”, aposta o superintendente da Codevasf em Pernambuco, Luís Eduardo Frota. Segundo a Unidade de Apoio à Produção da Codevasf em Petrolina, com condições ambientais favoráveis, as primeiras colheitas de maçã, pêra e caqui no Perímetro de Irrigação Senador Nilo Coelho estão previstas para ocorrer em 2011. No caso da maçã, por exemplo, a expectativa é colher de 5 a 15 kg por macieira. Foram cultivadas mil mudas. Fruta de forte apelo comercial, a maçã em teste no Perímetro de Irrigação Nilo Coelho é das variedades Princesa, Eva e Julieta, a primeira foi desenvolvida pela Empresa de Pesquisa Agropecuária e Extensão Rural de Santa Catarina (Epagri) e as demais pelo Instituto Agronômico do Paraná (Iapar).
Fonte: Codevasf/PE
Blog do Deputado Federal GONZAGA PATRIOTA (PSB/PE)
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