Títulos italianos atingem rendimento recorde mesmo com renúncia
Mesmo com o anúncio de renúncia do premiê Silvio Berlusconi, a desconfiança em relação à saúde financeira e econômica da Itália segue forte nesta quarta-feira.
O prêmio de risco da Itália, medido pela diferença entre o bônus nacional a dez anos e o alemão do mesmo prazo, alcançou os 520 pontos básicos, superando a barreira dos 500 pontos que em outros países, como Portugal, desencadeou o resgate econômico por parte da UE (União Europeia).
Ao mesmo tempo, as taxas das obrigações italianas a dez anos subiram até 7,25%, segundo o jornal britânico “The Guardian”, um novo recorde considerado insustentável para financiar a dívida do país.
A barreira dos 500 pontos básicos no prêmio de risco e de 7% de rentabilidade dos bônus a 10 anos foi o ponto em que Grécia, Irlanda e Portugal se viram obrigados a requisitar ajuda financeira dos sócios da UE e do FMI (Fundo Monetário Internacional).
O tamanho da Itália, porém, complica a situação e dificulta que os europeus possam assumir um resgate. Ontem, autoridades da Finlândia e da Áustria alertaram que a Itália é um país excessivamente grande para ser resgatado em um pacote de ajuda, a exemplo do que está sendo feito com a Grécia.
“É difícil ver que nós na Europa teríamos os recursos para colocar um país do tamanho da Itália em um programa de resgate”, afirmou o primeiro-ministro da Finlândia, Jyrki Katainen.
Ecoando a visão do finlandês, a ministra austríaca da Economia, Maria Fekter, afirmou que, devido ao tamanho da Itália, Roma deve adotar medidas de ajuste fiscal para não precisar de um resgate europeu, a exemplo dos gregos.
Outro ponto que preocupa os mercados é a falta de confiança inspirada pelo governo italiano ao prometer reformas e cortes nos gastos que até o momento não foram cumpridos.
Fonte: Das Agências de Notícias
Blog do Deputado Federal GONZAGA PATRIOTA (PSB/PE)
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