A vida após o fim do mundo que não veio

Se o mundo realmente não acabar nesta sexta-feira, como será a manhã de sábado para aqueles que acreditaram com convicção nas profecias do calendário maia?

Embora seja um evento único e aterrador, o fim do mundo já foi anunciado diversas vezes ao longo da história.

E em todas as ocasiões, o sol voltou a raiar para os seguidores das profecias, que não raro deixaram suas casas e seus bens para esperar uma nova era que nunca veio.

Na China, o pânico entre alguns grupos fez aumentar a procura de velas na Província de Xixuan, à espera do 21 de dezembro, que marca o fim do ano 5.125 do calendário maia.

Nos Pirineus franceses, milhares de pessoas eram esperadas no pico de Bugarach. Segundo rumores, extraterrestres estariam prontos para resgatar os humanos da destruição.

Eles podem se decepcionar como os romanos, que entraram em pânico com as profecias do fim do mundo em 634 a.C., ou como os europeus que acharam que o mundo acabaria no ano 1000.

Na virada do milênio, em 2000, muitos se apegaram às profecias de Nostradamus, que previa um “reino de terror”.

No último ano, um pastor da Califórnia, nos EUA, voltou a falar no fim e pôs data para o apocalipse – 22 de outubro. O mundo não acabou, ele alegou ter errado na conta e ainda mudou o dia seis vezes.

Decepção e sucesso

A vida após o fim que não veio não necessariamente é de fracasso e decepção.

Lorne Dawson, especialista em religião da Universidade de Waterloo, no Canadá, fez um levantamento de vários grupos e concluiu que, surpreendentemente, “a vasta maioria parece ter lidado bem com o fracasso das profecias”.

Dos 75 grupos listados, apenas seis desapareceram. Alguns ganharam força, como é o caso das Testemunhas de Jeová, que previram o fim do mundo várias vezes.

Os Adventistas do Sétimo Dia, hoje com 17 milhões de seguidores, nasceram de um grupo apocalíptico que previu o fim em 1844 – evento hoje chamado pelos membros da igreja como “Grande Decepção”.

Um caso clássico é o do psicólogo Leon Festinger, que em 1956 liderou um grupo que esperava ser resgatado por um disco voador antes que o mundo acabasse.

O mundo não acabou, os extraterrestres não vieram, e Festinger argumentou que o grupo “tinha tanta luz” que Deus desistiu da ideia. E assim Festinger continuou a atrair seguidores.

‘Ridículo’

A psiquiatra Simone Dein acompanhou a reviravolta de outro grupo, o dos judeus hassídicos lubavitch, que vivem no norte de Londres.

Por anos, eles acreditaram que o rabino Menechem Mendel Schneerson era o messias, o filho de Deus. “Estava lá quando ele morreu (em Nova York). Havia uma sensação de negação dos fatos”, diz.

Rapidamente, eles passaram a acreditar que o rabino não havia morrido, mas sim que estava invisível. Outros passaram a acreditar que ele morreu, mas ainda vai ressuscitar.

“Se sucumbisse rapidamente ao racionalismo, o grupo acabaria sendo visto como ridículo”, diz o professor Lorne Dawson.

Tragédia

Após o fracasso do fim, alguns líderes marcaram outra data para o apocalipse. Outros se desculparam. Mas há quem tome decisões mais drásticas.

Em 1997, os corpos de 39 membros da seita Heaven’s Gate (Portão do Céu) foram encontrados em uma casa de campo na Califórnia, nos EUA. Eles haviam tirado a própria vida, acreditando que assim conseguiriam ter acesso a uma nave espacial que seguiria o cometa Hale-Bopp.

Philip Jenkins, historiador da Universidade de Baylor, no Texas, diz que “quando se investe muito em uma fé, há um grande interesse em preservar algo disso”.

“É uma forma de rejeição Ao mundo como ele é”, diz. “Isso tem a ver com imaginar um mundo muito melhor. Quando se torna claro que a nova ordem não virá, encontra-se um jeito de adaptar a mensagem.”

Para quem está esperando o apocalipse neste dia 21 de dezembro, o suposto fim pode ser apenas o começo de uma nova saga.

Fonte: BBC Brasil

Blog do Deputado Federal GONZAGA PATRIOTA (PSB/PE)

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