Abstinência impede depoimento
- By : Assessoria de Comunicação do Deputado Gonzaga Patriota
- Category : Clipping
Foi frustrada a nova tentativa da Polícia Civil de ouvir Eduardo Olímpio Cotias Cavalcanti, 29, acusado de assassinar os pais adotivos, o bispo da Igreja Anglicana Edward Robinson Cavalcanti, 64, e sua esposa, a professora aposentada Mirian Cavalcanti, 64, a facadas no último domingo. Na manhã de ontem, o delegado responsável pelo caso, José de Prado, da 6ª Delegacia de Homícidios esteve novamente, em vão, no Hospital da Restauração (HR), onde Eduardo está internado sob custódia policial. Contudo, os médicos informaram ao policial que o rapaz estaria em crise de abstinência e, por isso, ainda não está em condições de depor.
Segundo José de Prado, quando Eduardo receber alta será levado para o Centro de Triagem (Cotel) de Abreu e Lima. Lá, ele deverá prestar depoimento e será autuado em flagrante por duplo homicídio triplamente qualificado. A expectativa da polícia é que isso aconteça nos próximos dias. No entanto, segundo a assessoria de Imprensa do HR, não há previsões oficiais de quando o rapaz será liberado pela equipe médica. “Ele ainda não consegue falar direito. Não está concatenando as ideias. Apenas balbucia algumas palavras”, informou o delegado.
Eduardo foi levado para o HR inconsciente e em estado grave, após a morte dos pais, no último domingo. Ele teria ingerido uma grande quantidade de drogas, além de se ferir com a mesma faca que matou os pais. Nos dois primeiros dias de internamento, o rapaz permaneceu inconsciente e em estado grave. Na quarta-feira, ele passou a respirar sem ajuda de aparelhos e começou a recobrar a consciência. Porém, José de Prado contou que ainda não recebeu o resultado do exame toxicológico para confirmar a informação. “Também não recebemos o resultado da perícia do pó branco encontrado na cena do crime, nem as informações da ficha criminal de Eduardo solicitadas ao consulado americano”.
O delegado informou ainda que o inquérito deve ser concluído até a próxima quarta-feira, e em seguida ser encaminhado à Justiça. Oito testemunhas já foram ouvidas até agora, entre elas pessoas que conheciam a família há mais de 30 anos e parentes. “Agora não resta mais ninguém para ser ouvido. Precisamos do depoimento de Eduardo e do resultado dos exames para concluir o inquérito”, disse José de Prado.
Segundo a polícia, os crimes podem ter sido motivados pela sensação de abandono vivenciado por Eduardo, filho adotivo do casal, durante o tempo que passou no exterior. Lá, ele teria se envolvido com a facção criminosa Mara Salvatrucha, grupo formado, principalmente, por imigrantes fugidos de El Salvador, envolvido com o tráfico de drogas no país norte-americano. Até agora, as tatuagens espalhadas pelo corpo são o único indício da suposta relação com a quadrilha internacional.
Fonte: Folha PE
Blog do Deputado Federal GONZAGA PATRIOTA (PSB/PE)
Nenhum comentário