Aeroporto do Recife terá campanha contra tráfico de pessoas no carnaval
A partir desta quarta-feira (15), o Comitê Estadual de Enfrentamento ao Tráfico de Pessoas vai atuar na área de desembarque do Aeroporto Internacional do Recife/Guararapes — Gilberto Freyre, na Zona Sul da capital pernambucana. A campanha contra esse tipo de crime deve durar até sexta-feira (12). A intenção é mostrar aos turistas que desembarcam no Recife para o carnaval que haverá fiscalização e combate intenso.
Segundo Débora Tito, procuradora do Ministério Público do Trabalho (MPT), o combate ao tráfico de pessoas é difícil, principalmente durante os dias de folia. “No carnaval, o Brasil passa aquela imagem de simpatia, de mulheres vestidas de forma sensual. A gente quer, com essa campanha, mostrar para os turistas que aqui existem leis, que existem pessoas preocupadas com o bem-estar, tanto dos trabalhadores quanto de nossas crianças e adolescentes. A campanha é voltada para um possível agressor”, disse.
A campanha vai distribuir panfletos no aeroporto, onde haverá orientações para a denúncia. O material também será entregue nos principais polos de folia do estado. Segundo o Comitê Estadual de Enfrentamento ao Tráfico de Pessoas, as principais vítimas desse tipo de crime são mulheres, crianças, adolescentes, travestis e transexuais. Entretanto, muitas dessas pessoas não se enxergam como vítimas.
“São pessoas que estão convivendo em situação de exclusão social, pessoas que não tem seus direitos fundamentais adquiridos, como moradia de qualidade, saúde de qualidade, educação de qualidade. Então, elas vão buscar essa cidadania fora do país, através de falsas promessas de emprego. Geralmente, essas pessoas são traficadas para finalidade de exploração sexual”, contou Azael Santos, coordenador do Comitê de Enfrentamento ao Tráfico de Pessoas.
A denúncia pode ser feita pelo Disque 100, de forma gratuita. O número é ligado à Secretaria Especial dos Direitos Humanos, órgão ligado ao Ministério da Justiça. Segundo o MPT, a conscientização tem que partir da sociedade e das vítimas, principalmente quando o crime é sexual. “Quando a gente fala de aspectos trabalhistas, a gente encontra uma fiscalização. Mas, quando a situação é de exploração sexual, a gente precisa que essa vítima se perceba como tal. É orientação do comitê que a vítima não pode ser obrigada a seguir o caminho da proteção. Tem que haver sensibilização. Sem educação, sem conscientização, não tem como combater”, concluiu Débora Tito.
Fonte: G1 PE
Blog do Deputado Federal GONZAGA PATRIOTA (PSB/PE)
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