Dezenas de agentes de saúde concursados em Petrolina, estão revoltados depois que receberam, na manha de hoje (21), a informação que não poderão tomar posse de seus cargos. Eles alegam que mesmo existindo vagas ociosas no município, a prefeitura estaria negando a eles o direito de trabalhar.

Em 2008 foi realizado um concurso público oferecendo 120 vagas, das quais foram convocados 118 agentes. Logo após o concurso, alguns empossados desistiram dos cargos, assim novas vagas surgiram e a secretaria convocou mais 56 suplentes. O problema é que muitos suplentes ainda não foram convocados mesmo existindo vagas disponíveis no município.

De acordo com a presidente da associação de agentes comunitárias de saúde de Petrolina, Elizete de Souza, um levantamento feito em 2011 apontou a necessidade de 62 agentes, mas segundo ela, a prefeitura diz não poder empossar os suplentes.

“Em 2011 foi feito um remapeamento das áreas que estavam descobertas, então surgiram mais 62 vagas, destas vagas 32 agentes estão aptos a assumir, fizemos toda a documentação viemos até a secretária que demorou para dar a resposta e disse apenas que não poderia empossar estes suplentes por conta da responsabilidade fiscal do município, mas nós sabemos muito bem que na saúde não existe lei de responsabilidade fiscal. Há as vagas, há os suplentes e simplesmente o prefeito não quer contratar estes novos agentes”, explicou Elizete.

Os agentes estão ainda mais revoltados com o anúncio tardio de que não serão empossados. Segundo Elizete, a resposta da prefeitura só foi dada nesta quinta-feira (21) sendo que o prazo de validade do concurso se encerra na próxima segunda-feira (25). “Eles agiram de má fé com a gente, deixaram para nos dá esta resposta só agora quando não teremos mais tempo para recorrer na justiça, por que o prazo de validade já termina na próxima segunda”, desabafou Elizete.

Para ela, quem mais sofre com a falta de agentes de saúde é a população. “Quem sofre com tudo isto é a comunidade por que elas estão desassistidas, então como é que elas vão recorrer em busca de saúde se não tem nem a quem recorrer, o discurso é que os agentes de saúde são a porta de entrada da saúde e agora?”, reclamou.

Elizete disse ainda que a partir de agora os suplentes vão buscar uma forma de recorrer na justiça. “Infelizmente a prefeitura deixou a gente de mãos atadas por que nos deram esta resposta já em cima da hora e o tempo é curto, ficamos lá de sete da manhã até meio dia para ouvir isto, a própria secretaria tinha dito que íamos tomar posse, mas agora vem isto”, desabafou.

A redação já entrou em contato com a assessoria de comunicação da prefeitura para buscar um posicionamento e estamos aguardado uma resposta.

Fonte: Blog do Carlos Britto