AL: ex-candidatos do Enem ganham dinheiro vendendo ‘água da sorte’
- By : Assessoria de Comunicação do Deputado Gonzaga Patriota
- Category : Clipping
Nem todo estudante que apareceu nos locais de realização do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) neste sábado em Maceió foi fazer as provas. Alguns aproveitavam o dia para lucrar com artigos mais variados, como canetas ou mesmo uma “água da sorte”. São, em geral, ex-candidatos que ganham dinheiro com quem sonha com uma vaga na universidade.
Julie Mayara, 20 anos, já prestou o Enem e hoje cursa o 5º semestre da faculdade. Com uma embalagem térmica, vendia água e completava a renda com canetas. “As canetas custam R$ 2. A água também. O movimento está fraco, tem muita gente vendendo. Mas a gente não reclama. Vale a pena”, disse ela.
Ana dos Santos, 50 anos, também vendia água e caneta na frente dos portões. Disse que não tinha tempo de conversar e que não pensava em fazer o Enem, mas afirmou que conhece a fórmula infalível para quem fará as provas hoje. “Olha a água da sorte, olha a água da sorte”. Perguntada sobre o que faz a garrafa de água, ela respondeu: “Ela acalma”, contou, atendendo a três pessoas ao mesmo tempo enquanto os portões da Fits se abriam, às 11h.
Bárbara Silva, 23 anos, e Ana Carolina, 18 anos, aproveitavam a movimentação para distribuir panfletos de cursinhos. Bárbara terminou o curso de Publicidade e faz pós-graduação. Carolina fez o exame ano passado. “A gente aproveita para ganhar um dinheiro. Vale a pena. São duas horas de trabalho e o dinheiro é bom”, disse Bárbara. As duas disputavam a atenção em meio ao trânsito no bairro de Cruz das Almas, em frente a uma faculdade privada em Maceió, um dos 193 locais de prova em Alagoas.
Daniel Francisco da Silva, 18 anos, também distribuía panfletos de cursinhos. No próximo ano, vai disputar o Enem. Antes, quer ser Policial Militar. “É para sofrer mais, antes de fazer o curso superior”, afirmou.
Sérgio Rodrigo, 32 anos, não vendia nada, mas quer tentar uma vaga em curso superior. Ele é um dos 88.790 estudantes de Alagoas a disputar a prova. “É a segunda vez que eu tento. Não vou desistir”, afirmou o estudante, que é cego. Claudevan Firmino tem 30 anos, também é cego, e tem dois desafios: “fechar” as provas de física e química e conseguir uma vaga no curso de educação física, o sonho dele. “Pior mesmo é fazer as provas”, disse.
Fonte: Terra
Blog do Deputado Federal GONZAGA PATRIOTA (PSB/PE)
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