Apartamentos pequenos, localizados na Região Metropolitana do Recife, são os mais procurados do mercado. Eles devem ganhar bastante destaque no 5º Salão Imobiliário de Pernambuco, que começa nesta quarta-feira (14), no Centro de Convenções, em Olinda. De acordo com os representantes do setor, houve um realinhamento de preços nos últimos tempos, já que os valores estariam defasados. E com os terrenos ficando cada vez mais escassos, a tendência é de mais alta.

Entre 2002 e 2008, os preços de imóveis em Pernambuco estavam em outro patamar e variavam pouco. Havia muita oferta e faltava gente com dinheiro no bolso para um investimento desse porte. A chegada de grandes empreendimentos ao estado mexeu com a economia como um todo e, claro, com o mercado imobiliário. A procura cresceu e as áreas para construção no Recife foram desaparecendo, daí o aumento nos preços.

Foi um apartamento de 60 metros quadrados que encantou o publicitário Newton Oliveira Neto. O imóvel fica em Olinda, onde ele cresceu e de onde não quer mais sair. “Eu queria que a parcela coubesse no bolso”, explica. Se tivesse comprado o apartamento há dez anos, Newton teria pago muito menos por ele.

“Recife tem essa complexidade da pouca oferta de terrenos. Aconselho sempre: encontrou o imóvel com seu perfil, compre. Porque a tendência é aumentar”, recomenda Tony Vasconcelos, superintendente de uma construtora. “As empresas construtoras não estavam totalmente preparadas para esse boom imobiliário. De 2008 a 2012 nós nos adequamos”, garante o presidente da Associação dos Dirigentes de Empresas do Mercado Imobiliário (Ademi), Alexandre Mirinda.

O preço dos imóveis no Recife é um dos mais altos do país segundo a Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe). O metro quadrado, na capital pernambucana, custa R$ 5.015, perdendo apenas para o Distrito Federal (R$ 7.965,00), Rio de Janeiro (R$ 7.687,00) e São Paulo (R$ 6.215,00). No mês passado, o valor subiu 3,2% no Recife, enquanto a média do restante do país foi de 1,5%.

Evento
O Salão Imobiliário vai de quarta-feira (14) a domingo, no Centro de Convenções, em Olinda, e pretende atrair 15 mil visitantes. Aproximadamente 3 mil habitações de variados estilos e preços estarão sendo ofertadas na feira, a maioria localizada na Região Metropolitana do Recife. A expectativa é de movimentar R$ 120 milhões.

O 8º Cartório de Ofícios e Notas Ivanildo Figueredo também vai estar presente para orientar, tirar dúvidas e ofertar serviços necessários ao fechamento de negócios. O Salão conta também com uma praça de alimentação, área destinada à recreação infantil e posto médico. A entrada será gratuita. De 14 a 16 de março, o horário de visitação é das 15h às 22h, enquanto nos dias 17 e 18 de março é das 10h às 22h.

Seminário
O Salão Imobiliário vai discutir também o mercado e a cidade, na Sala Duarte Coelho. No primeiro dia, 14 de março, às 18h, os prefeitos do Recife, Olinda e Jaboatão dos Guarapes devem discutir o tema ‘A cidade que queremos’, que também dá nome ao seminário, focando uma visão metropolitana de desenvolvimento. No dia 15, é a vez do debate entre os titulares dos cartórios de imóveis sobre as questões legais e a desburocratização do trâmite imobiliário. O último dia do seminário (16), será dedicado a debates técnicos pelo Comitê de Tecnologia de Custos da Ademi-PE.

Fonte: G1 PE

Blog do Deputado Federal GONZAGA PATRIOTA (PSB/PE)