Após se formar em Harvard, brasileira vai à Etiópia fazer trabalho voluntário

Larissa de Lima na Montanhas Simien, na Etiópia, onde vive desde fevereiro (Foto: Arquivo pessoal)

Craque em matemática e preocupada com as causas sociais, a cearense Larissa Lima, de 26 anos, quis estudar em uma instituição de ensino superior que lhe desse uma formação mais ampla, mesclasse disciplinas de exatas e humanas e a ensinasse a pensar criticamente. Encontrou. Deixou Fortaleza, foi para os Estados Unidos estudar na Universidade de Harvard, uma das mais importantes do mundo, entre os anos de 2005 e 2009. Conquistou um diploma de computação e ciências cognitivas, mas também fez aulas de artes, história e literatura, entre outras. Atualmente trabalha como voluntária para uma ONG na cidade de Adis Abeba, capital da Etiópia, na África.

Além de Harvard, Larissa também foi aceita em Yale e no Instituto de Tecnologia deMassachusetts (MIT), outras duas universidades americanas de ponta. Optou por Harvard por acreditar que a instituição, diferente do MIT que é focado em ciências e tecnologia, fosse lhe proporcionar uma formação completa, mais generalista. Deu certo.

“Foi uma experiência fantástica, pelas pessoas que conheci, pelas oportunidades que tive, pela educação. A vida no campus é super interessante, é possível conhecer gente de toda parte do mundo que estuda coisas diferentes. Foi uma grande experiência de vida”, afirma Larissa, em entrevista ao G1 por telefone.

mapa transformadores etiópia (Foto: Arte/G1)

Durante o período em que esteve em Harvard participou de um programa onde conseguiu uma bolsa para trabalhar como estagiária de uma ONG, uma fundação que financia institutos pedagógicos, em Buenos Aires, na Argentina. Mas a experiência não foi suficiente para suprir o desejo do voluntariado. Depois que se formou, Larissa queria fazer algo mais voltado aos aspectos sociais e ao desenvolvimento internacional. Foi parar naEtiópia.

Pobreza
Larissa está na Etiópia desde fevereiro trabalhando como consultora de negócios voluntária na ONG TechnoServe, uma instituição que desenvolve soluções de negócios para combater a pobreza. A brasileira participa de um projeto de assessoria para a indústria de laticínios do país. Larissa não recebe salário, mas a ONG paga o alojamento onde vive. A jovem fica no país até o mês de agosto, quando voltará para os Estados Unidos.

Larissa com os macacos na Montanhas Simien, na Etiópia (Foto: Arquivo pessoal)

A estudante escolheu a ONG TechnoServe pois conhecia e admirava seu trabalho e por estar na África, país onde gostaria de atuar. Segundo Larissa, o processo de admissão dos voluntários é competitivo, e inclui entrevista e outras análises.

A jovem afirma que na Etiópia o contato com a pobreza é frequente, que sempre encontra pessoas pedindo esmola, morando nas ruas, algumas com crianças no colo. “É bem difícil, hoje [última quinta-feira, 24], no meu caminho de casa, tinha uma mulher com o que parecia elefantíase nas pernas, mas mesmo assim, andando por todos os lados, à procura de ajuda.”

O mais frustrante e triste é quando há pessoas com toda a força de vontade e ambição, mas sem chance de crescer por falta de oportunidade. Por isso que acho o trabalho de desenvolvimento tão importante”
Larissa de Lima, de 26 anos

Larissa diz que a falta de oportunidade à população é o que mais entristece. Durante uma pesquisa de campo, conversando com fazendeiros, a história de um deles a marcou. “Ele era bem humilde, seu negócio consistia em três vacas leiteiras, mas estava claro que tinha muita vontade de melhorar seu negócio, ser mais produtivo e vender mais. O que ele mais queria era treinamento e informação.”

Para Larissa, assim como a pobreza choca, a vontade de superação impressiona ainda mais. “O mais frustrante e triste é quando há pessoas com toda a força de vontade e ambição, mas sem chance de crescer por falta de oportunidade. Por isso que acho o trabalho de desenvolvimento tão importante. Especialmente a filosofia da TechnoServe, que procura soluções de negócios, para que as pessoas saiam da pobreza por seus próprios negócios, de maneira sustentável e com dignidade.”

Larissa se formou em computação na Universidade de Harvard (Foto: Arquivo pessoal)Formatura de Larissa em Harvard, nos EUA (Foto: Arquivo pessoal)

Negócios e educação
Em agosto, quando voltará aos Estados Unidos, a jovem vai encontrar o irmão mais velho que vai fazer MBA no MIT. O irmão mais novo e a mãe ainda moram em Fortaleza. O retorno ao Brasil está previsto para daqui quatro ou cinco anos. Antes, Larissa quer ter mais experiências internacionais para entender culturas e perspectivas diferentes. Porém, ainda não sabe qual vai ser seu próximo destino.

No Brasil, Larissa pretende se envolver em algo relacionado a educação e negócios. Há alguns meses, ela ajuda a tocar um projeto criado por amigos em Fortaleza chamado de “Primeira Chance”, que oferece bolsas de estudos em escolas particulares para alunos da rede pública.

“Meu sonho é que mais pessoas de Fortaleza tenham a oportunidade de estudar em uma universidade como Harvard. Mas como também tenho muita paixão pela área de negócios, quero pensar em formas de as pessoas poderem ser empoderadas e assim superar a pobreza. Vou procurar algo na interseção de negócios e educação.”

Fonte: G1

Blog do Deputado Federal GONZAGA PATRIOTA (PSB/PE)

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