Banco Central começa a decidir hoje o futuro da taxa básica de juros
O Copom (Comitê de Política Monetária), formado pelos diretores do BC (Banco Central), começa a decidir nesta terça-feira (17) o futuro da taxa básica de juros da economia, a Selic.
A expectativa é que a taxa caia dos atuais 9,75% para 9% ao ano, de acordo com o boletim semanal Focus, uma pesquisa feita pelo BC junto a analistas e bancos. A definição será divulgada nesta quarta-feira (18).
O aguardado ajuste de 0,75 ponto percentual daria continuidade a uma sequência de cortes iniciada em julho do ano passado. Foram quatro reduções de 0,5 ponto percentual e uma quinta, mais ousada, de 0,75 ponto percentual. Espera-se que os juros só retornem à casa dos dois dígitos (10%) a partir do ano que vem.
— O Copom atribui grande probabilidade à concretização do cenário que contempla a taxa Selic se deslocando para patamares ligeiramente acima dos mínimos históricos, e nesses patamares se estabilizando.
De acordo com as estimativas do Focus, a inflação costuma pressionar a elevação da taxa, mas essa não é uma tendência atual, aponta um comunicado da Febraban (Federação Brasileira de Bancos).
— O recuo da inflação (IPCA) tem sido maior que o esperado inicialmente pelos analistas, apontando um cenário mais benigno para os preços, tanto em 2012 como provavelmente também em 2013. De outra parte, agora se trabalha com uma expectativa de recuperação mais modesta para a economia; e, finalmente, as preocupações com o cenário externo voltaram a crescer; a piora na percepção de risco de países importantes como a Espanha significa que a probabilidade de que venham pressões de baixo crescimento do cenário externo voltou a se elevar de forma importante nas últimas semanas.
Selic
A Selic é chamada de taxa básica porque é a mais baixa da economia e funciona como um piso para a formação dos demais juros cobrados no mercado, que são influenciados também por outros fatores, como o risco de quem pegou o dinheiro emprestado não pagar a dívida.
Ela é usada nos empréstimos interbancários (entre bancos) e nas aplicações que os bancos fazem em títulos públicos federais. É a partir da Selic que as instituições financeiras definem também quanto vão pagar de juros nas aplicações dos seus clientes.
Ou seja, a taxa básica é o que os bancos pagam para pegar dinheiro no mercado e repassá-lo para empresas ou consumidores em forma de empréstimos ou financiamentos, a um custo muito mais alto. Por isso, os juros que os bancos cobram dos clientes é superior à Selic.
Copom
A reunião do Copom é dividida em dois dias. No primeiro, a ser realizado nesta quarta-feira, os chefes de departamento do BC e o gerente-executivo de Relações com Investidores apresentam análises sobre a inflação, nível de atividade econômica do país e evolução do mercado financeiro.
No segundo dia, participam apenas o presidente e os diretores do BC, todos com direito a voto, além do chefe do Depep (Departamento de Estudos e Pesquisas), sem voto. Os diretores de Política Monetária e de Política Econômica analisam as projeções para a inflação e fazem recomendações para a taxa de juros de curto prazo. Em seguida, todos os diretores se manifestam e apresentam eventuais propostas alternativas.
Criado em junho de 1996, o Copom tem o objetivo de estabelecer as diretrizes de política monetária e de definir a taxa de juros, nos mesmos moldes do Fed (Federal Reserve, o BC americano).
Fonte: R7
Blog do Deputado Federal GONZAGA PATRIOTA (PSB/PE)
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