Bater o ponto ou ter horário flexível?
- By : Assessoria de Comunicação do Deputado Gonzaga Patriota
- Category : Clipping
O horário comercial dita que todo funcionário deve começar sua jornada às 8h e encerrar às 18h. Mas isso não funciona assim para todos. No debate entre o horário tradicional (o famoso “bater ponto”) e o flexível é o bom senso que deve nortear qual postura adotar, de acordo com o perfil da empresa e o cargo do trabalhador. A professora da Universidade Federal Rural de Pernambuco Tânia Nobre acredita que a cautela é o melhor caminho na hora de adotar um horário flexível. “Trabalhar em horários diferentes tem que ser algo esporádico, não é algo que possa ser feito todos os dias”, explica.
O cargo dos funcionários também pode determinar o período de trabalho. Segundo a professora, postos que dependem de trabalho em grupo devem evitar horários diversos para não atrapalhar a produtividade da equipe. Esta mesma produtivididade, no entanto, pode aumentar se o funcionário exercer algum trabalho de criação, realizado individualmente. “A satisfação do empregado com a compreensão por parte dos superiores pode se reverter de forma muito positiva para a empresa”, comenta. Em alguns cargos, no entanto, não há como atender à este tipo de demanda. “O horário de trabalho de alguns funcionários impacta diretamente no cotidiano dos colegas. Imagine como seria a situação se um porteiro, responsável por abrir a empresa, resolvesse chegar em um horário diferente em cada dia”, observa.
Qualquer mudança, no entanto, deve ser combinada com o gestor da empresa ou chefe imediato. A flexibilidade também precisa de motivos que justifiquem a adaptação. É o caso, por exemplo, de funcionários que fazem alguma capacitação ou pós-graduação. É o que acontece com o gamedesigner Fábio Florêncio. Cursando mestrado em Design na Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), o músico precisou de um horário mais maleável do que o comercial. “Seria impossível conciliar o mestrado com esse horário. Eu não teria como realizar as duas atividades, de forma alguma”, observa o funcionário, que também dá aula em uma faculdade particular.
A gerente administrativa da empresa na qual Fábio trabalha, a produtora de software Daccord, Marisa Oliveira, acredita que a maleabilidade pode ser boa para funcionários e empresa. “Geralmente, nós combinamos o horário no momento da contratação, mas pode ser feita uma conversa posterior a esse respeito”, observa. No caso de flexibilidade para curso de pós-graduação, Marisa acredita que a liberação pode ser um investimento no quadro da empresa. “É uma adaptação que pode contribuir para o desenvolvimento dos profissionais”, completa.
Fonte: Folha PE
Blog do Deputado Federal GONZAGA PATRIOTA (PSB/PE)
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