Bloqueador de celular do Presídio Aníbal Bruno afeta vizinhança
Moradores do entorno do Presídio Professor Aníbal Bruno, localizado no bairro do Sancho, Zona Oeste do Recife, reclamam que desde que foram instalados o sistema de bloqueio de sinal telefônico dentro da penitenciária, problemas e seus aparelhos celulares são frequentes. As reclamações vão desde ligações que falham até as que caem durante a conversa.
O sistema de tecnologia israelense instalado dentro do presídio impede que o sinal telefônico chegue à unidade num raio de 500 metros, criando, com isso, um campo magnético. A ideia com a implantação do dispositivo, segundo a assessoria de Imprensa da Seres, é inibir a comunicação entre os mais de quatro mil detentos do Aníbal com a área externa. Atualmente, o equipamento está em uso em 80 países. No Brasil, Pernambuco é pioneiro com a iniciativa.
Segundo vários vizinhos, desde que o dispositivo foi implantado na unidade prisional, na última quarta-feira, o sinal dos aparelhos telefônicos móveis ficaram ruins no entorno. Quando não isso, a ligação fica falhando. “Quando vou ligar do meu celular fica dando fora de área. Temos que tentar umas cinco vezes para pegar e assim mesmo a ligação cai. Quando não é isso, temos que ir para longe do presídio para poder funcionar”, falou Ecy Tavares, 55, vizinha do Aníbal há oito anos. Ainda de acordo com Ecy, durante todo esse período residindo na localidade, nunca teve esse problema. “Isso veio acontecer agora pouco. O sinal está muito ruim”, concluiu.
Além de interferir nas ligações dos moradores mais próximos do muro do presídio, o problema do sinal telefônico está prejudicando, também, os moradores do Alto da Bela Vista, ainda nas proximidades do presídio. Mesmo sendo um local alto, vários moradores alegaram que, além de sinal fraco nos celulares, os telefones residenciais estão sendo prejudicados com a nova tecnologia implantada. “Meu telefone não faz ligação. Fica fazendo só um barulho”, disse o morador Carlos Alberto Rodrigues, 57. “Todo mundo está tendo problemas. Às vezes, ligo para perto e não funciona”, acrescentou Lúcia Pereira.
A assessoria de Imprensa da Seres informou que o dispositivo é um projeto piloto que se encontra em teste. De acordo com a assessoria, o equipamento passará dois meses em reparos. Logo, todos os problemas que forem apontados serão avaliados e ajustados. Ainda de acordo com a Seres, o sistema só será implantado no local, definitivamente, se não apresentar problemas junto à população.
Fonte: Folha-PE
Blog do Deputado Federal GONZAGA PATRIOTA (PSB/PE)
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