Bombeiros grevistas afirmam que só atenderão a população em casos de risco de morte
- By : Assessoria de Comunicação do Deputado Gonzaga Patriota
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Após decretar greve na noite de quinta-feira (9), a comissão de liderança do Corpo de Bombeiros nas negociações com o governo do Estado do Rio afirmou que todos os serviços essenciais para a população vão continuar em atividade. Segundo o cabo Laércio Soares, do 2º Gmar (Grupamento Marítimo), os serviços que envolvam ajuda para a população em situações de risco de morte não serão paralisados.
– Os serviços essenciais como o combate a incêndios, auxílios em desmoronamentos e resgates vão continuar. Vamos fazer como se fosse uma operação padrão. Todos os serviços administrativos estão parados.
Ele ainda afirma que os militares que trabalham nas praias vão atuar em escala reduzida e como forma de protesto não vão estar fardados.
– Eles vão continuar trabalhando, em uma porcentagem maior. As pessoas não vão ver porque eles vão estar sem fardas, mas estão em toda orla carioca para ajudar assim que for necessário. Porém, gostaria de afirmar que de nenhuma maneira as pessoas do Rio de Janeiro vão ficar desamparadas, estaremos presentes para o que for necessário.
Início da greve
Bombeiros, policiais militares e civis do Rio de Janeiro decretaram greve por volta das 23h20 de quinta-feira (9). No horário, mais de 2.000 manifestantes se concentravam na Cinelândia, centro da capital. O anúncio de paralisação acontece no dia em que a Alerj (Assembleia Legislativa do Rio) aprovou reajuste de 38,81% até 2013 para as categorias – percentual considerado insatisfatório. Sem votação, um líder do movimento fez o anúnio no microfone, durante a manifestação na Cinelândia:
– A partir deste momento, policiais civis, policiais militares e bombeiros estão oficialmente em greve.
Após a decretação da greve, seguiu-se intensa queima de fogos. Antes de anunciar a paralisação, líderes do movimento grevista se reuniram por 15 minutos. O porta-voz da greve será o cabo Welington Machado, do 22º Batalhão de Polícia Militar (Maré).
– Agora é com Exército e com a Força Nacional, já estamos em greve.
Bombeiros, PMs e policiais civis dizem que continuarão atuando em casos emergenciais. No caso dos policiais civis, 30% do efetivo permanecerá em atividade. As investigações devem ser congeladas, mas ocorrências consideradas graves serão atendidas.
PM nega paralisação
Após o anúncio da greve, o comandante-geral da Polícia Militar, Erir Ribeiro Costa Filho, negou paralisação na corporação. Segundo ele, todos os policiais compareceram à troca de plantão, às 20h. Ele também negou que o Bope (Batalhão de Operações Policiais Especiais) esteja aquartelado ou resistindo a cumprir ordens do comando da PM.
Segundo a Cúpula da Segurança do Estado, não há condição de greve nas UPPs e batalhões de elite, como Bope e Choque. O Estatuto Militar não dá direito de greve a policiais.
A Cúpula da Segurança avalia que o peso maior do movimento é desempenhado por bombeiros que querem a libertação de seu líder Benevenuto Daciolo, preso na quarta-feira (8), após a divulgação de escutas telefônicas.
Emergência: 14 mil homens do Exército
O comandante do Corpo de Bombeiros do Rio, coronel Sérgio Simões, procurou tranquilizar a população e afastou o risco de o Carnaval carioca ser prejudicado em razão da ameaça de greve da corporação. Segundo Simões, um plano emergencial foi montado em reunião na manhã desta quinta-feira (9) no Comando Militar do Leste. Participaram do encontro representantes das polícias Militar e Civil e o general Adriano, comandante militar do leste.
– O Carnaval está 100% mantido. Atuaremos no sambódromo e em toda a região em torno dele normalmente. Também atenderemos qualquer ocorrência no Estado.
O comandante explicou que, a partir desta quinta, ações administrativas da corporação estão suspensas. Com isso, os cerca de 2.000 bombeiros que exercem funções internas estarão de prontidão para atender a população.
Fonte: R7
Blog do Deputado Federal GONZAGA PATRIOTA (PSB/PE)
– Durante esse período [da possível greve], vamos cancelar o administrativo. Todos estarão prontos para servir a população. Além disso, cerca de 700 oficiais e praças que estão inativos em função de cursos de especialização serão convocados.
Cerca de 300 homens da Força Nacional de Segurança poderão ser convocados, caso necessário, para auxiliar os bombeiros do Estado. Simões explicou ainda que 14 mil homens do Exército poderão ajudar a PM.
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