Brasil registra saída de US$ 2,69 bilhões em maio, a maior em 2 anos

A saída de dólares na economia brasileira superou a entrada de recursos em US$ 2,69 bilhões em todo mês de maio, segundo informações divulgadas nesta quarta-feira (6) pelo Banco Central.

Trata-se da primeira retirada líquida de recursos da economia brasileira de 2012 – que acontece em meio ao aumento das tensões externas por conta de problemas na Grécia e com instituições financeiras.

A última vez em que foi registrada saída de recursos da economia brasileira foi em dezembro do ano passado, de US$ 1,94 bilhão. Também é a maior retirada de recursos do país desde junho de 2010, quando foi de US$ 4,27 bilhões.

Impacto na cotação do dólar
A saída de recursos no país favorece o aumento do dólar, segundo analistas. Isso porque, com menos dólares no mercado, seu preço tenderia a ficar mais alto. No fim de abril, o dólar estava cotado pouco acima de R$ 1,90, passando para um valor pouco acima de R$ 2 no fechamento de maio.

Ao contrário dos meses passados, a autoridade monetária, nos últimos dias, tem atuado para impedir uma escalada maior na cotação do dólar, por meio da oferta de contratos de “swap cambial” – que equivalem à venda de divisas no mecado futuro, com subsequente impacto na cotação à vista do dólar.

Uma disparada do dólar, segundo analistas, além de encarecer viagens ao exterior, também pode pressionar a inflação. Por outro lado, dólar alto torna as exportações brasileiras mais baratas e encarece as compras feitas no exterior – melhorando as condições de competitividade da indústria nacional.

Acumulado do ano
Apesar de ter sido registrada saída de recursos da economia brasileira, os números do acumulado deste ano ainda mostram entrada de divisas. Na parcial de 2012, até o dia 1º de junho, houve o ingresso de US$ 22,94 bilhões, com recuo de 46% frente ao mesmo período do ano passado (quando foi de US$ 42,65 bilhões).

Medidas do governo
A saída de dólares na economia brasileira aconteceu, em maio, após o anúncio de medidas pelo governo federal para impedir o ingresso de dólares na economia – com o objetivo justamente de elevar a cotação do dólar, proporcionando melhores condições de competitividade para as empresas brasileiras.

Em março, o Ministério da Fazenda anunciou a ampliação do prazo de incidência do Imposto Sobre Operações Financeiras (IOF) de 6% para empréstimos buscados no exterior por empresas de dois para três anos. Posteriormente, o prazo de incidência do IOF majorado subiu para 5 anos.

O Banco Central, por sua vez, definiu em março que os exportadores que desejarem receber antecipadamente por suas vendas externas, nos chamados pagamentos antecipados (PA), deverão enviar o produto ao exterior em até 360 dias – limitando, assim, estas operações. Até o momento, não havia prazo formal para o envio.

Outros fatores que, teoricamente, também contribuem para “aliviar” o ingresso de dólares no Brasil, e, consequentemente, a pressão pela queda da cotação da moeda norte-americana, são as decisões do Comitê de Política Monetária (Copom) sobre a taxa de juros. Recentemente, os juros básicos caíram, na sétima redução consecutiva para 8,5% ao ano, o menor patamar da história.

Contas comercial e financeira
O fluxo cambial brasileiro possui duas contas: a comercial, na qual são fechados os contratos de câmbio para operações de exportação e importação, e a conta financeira – que inclui as demais operações, como os investimentos estrangeiros diretos e os recursos para aplicações financeiras, além das remessas de lucros e dividendos e empréstimos tomados no exterior, entre outros.

Os números do BC mostram que o fluxo comercial continuou registrando entrada de divisas em maio, no valor de US$ 3,63 bilhões. Ao mesmo tempo, porém, foi contabilizada a retirada de US$ 6,32 bilhões por meio da conta financeira no último mês. Trata-se da maior retirada por esta conta, para um mês fechado, desde novembro de 2008 (-US$ 10,29 bilhões).

Fonte: G1

Blog do Deputado Federal GONZAGA PATRIOTA (PSB/PE)

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