Breno Silveira abre o Cine PE falando sobre a coragem de voltar ao passado

À beira do caminho - filme de Breno Silveira (Foto: Gabriela Barreto / Divulgação)Emocionar as pessoas. Na hora de fazer cinema, essa sempre foi a intenção do carioca Breno Silveira, que ficou mais conhecido por dirigir o filme “Dois Filhos de Francisco”, abordando a juventude dos cantores Zezé Di Camargo e Luciano. Silveira abre a mostra competitiva de longas do Cine PE – Festival do Audiovisual, com o inédito “À Beira do Caminho”. A abertura da 16ª edição do evento é nesta quinta-feira (26), no Teatro Guararapes, em Olinda – e poderá ser uma estreia também para o diretor, que ainda não o viu na tela grande.

João Miguel e Dira Paes em cena de “À beira do caminho”, filme de Breno Silveira que abre a 16ª edição do Cine PE – Festival do Audiovisual (Foto: Gabriela Barreto / Divulgação)

Terceiro longa de Breno Silveira, “À Beira do Caminho” conta a história de um homem reaprendendo a amar, refazendo laços, refletindo sobre a relação com aquelas pessoas que são como família, mesmo sem ser. “O filme fala da importância desses sentimentos, de um resgate de uma pessoa que perdeu alguém importante e tem que voltar a viver. O João [caminhoneiro interpretado pelo ator João Miguel] está indo para a morte, sem querer nenhum contato humano”, conta Breno, por telefone, em entrevista ao G1.

No filme, João acaba caindo na estrada após perder uma pessoa importante. “Quando está no fundo do poço, descobre que tem um menino escondido na boleia, mas João não tem como se livrar da criança e se vê obrigado a essa convivência”, adianta o diretor. Quem dá vida ao menino, chamado Duda, é o ator Vinícius Nascimento. Dira Paes, Ludmila Rosa, Ângelo Antônio, Denise Weinberg e Débora Spadaro completam o elenco.

Um detalhe do personagem principal – o apego a um CD de Roberto Carlos, que escuta ao longo de toda a viagem – fez a produção suar: conseguir autorização para usar quatro músicas do Rei no filme foi um dos grandes desafios e uma das maiores conquistas do diretor. “Foi quase um ano tentando, atrás do Rei, até que, enfim, eu consegui que ele assistisse e ele liberou as músicas. Foi um processo lindo, eu acabei conhecendo ele, sempre quis conhecê-lo”, diz Breno, fã assumido de Roberto Carlos desde a adolescência. “Ele marcou muitos momentos da minha vida”, conta.

A música da cena de abertura, adianta o diretor, foi escolhida pelo próprio cantor. “Ele escolheu ‘Distância’, que para mim é a tradução mais fiel do que é o filme. É uma música superforte”, acredita. “Outra vez”, “Amigo” e “O portão” também estão no longa, com destaque para a última. “’O portão’ inspirou o filme, ela traduz o sentimento do filme, que é ter a coragem de voltar e abrir a caixa do passado”, afirma.

João Miguel (Foto: Gabriela Barreto / Divulgação)João usa a estrada – e a música –  para tentar fugir do passado (Foto: Gabriela Barreto / Divulgação)

A presença da música de Roberto Carlos vem desde a concepção do argumento de “À Beira do Caminho”. “Tudo começou com a Lea Penteado, que trabalhou com o Roberto durante muitos anos e teve a ideia de mandar umas músicas que, emendadas, davam um argumento muito interessante”, lembra o diretor.

Junto com Patrícia Andrade, que trabalhou também no roteiro dos outros dois longas do diretor, Breno começou construir o filme, que também busca mostrar o nosso país. “Como eu sou um cara apaixonado pelo Brasil, queria mostrar o país através da janela de um caminhão. A gente pegou um caminhão acima de Petrolina [PE] e veio descendo com ele até Paulínia [SP]. A gente rasgou esse país na boleia de um caminhão, a equipe viajando num ônibus atrás, não passando mais de dois dias no mesmo lugar. Foi uma loucura, sacrificante, mas valeu a pena”, analisa.

Para capturar as imagens que prometem encantar a audiência, a experiência anterior como diretor de fotografia ajudou Breno. “Eu, mesmo diretor, continuo fotógrafo. O exercício da fotografia, esse olhar, não me abandona. O legal de ter trabalhado como fotógrafo é que convivi com vários diretores, o que me ajudou a saber lidar com os atores, a como contar uma história”, acredita.

Não é à toa que Breno define o filme como “extremamente visual, delicado como o cinema precisa ser, que fala mais através dos gestos, das expressões dos atores”. “As filmagens duraram seis semanas, mas já tem um ano e meio que fizemos. Ele estava guardado com todo o carinho”, conta o diretor.

E para a estreia desse que considera um dos trabalhos mais pessoais, Breno escolheu justamente o Cine PE. “Eu achei que ia ser a plataforma ideal. É um festival que tem uma empatia com o público muito forte, o público é muito bom. É uma das coisas mais importantes, ter esse contato com o público. Você ser visto por 2 mil pessoas é incrível, ainda mais na primeira sessão”, avalia.

Perguntado se vai estar na plateia para conferir pela primeira vez “À Beira do Caminho” na tela grande, o diretor assume que não tem certeza. “Esse é um filme que fala tanto comigo, que tem tanto a ver comigo, que eu provavelmente não vou conseguir assistir. Eu me emociono muito com ele”, confessa Breno.

À beira do caminho - filme de Breno Silveira (Foto: Gabriela Barreto / Divulgação)O menino Duda se esconde na boleia do caminhão de João e desencadeia uma nova relação para o protagonista do filme (Foto: Gabriela Barreto / Divulgação)

Cine PE
A Mostra Competitiva de Longas e Curtas começa nesta quinta-feira (26), às 20h, no Cine Teatro Guararapes, no Centro de Convenções, em Olinda. A entrada custa R$ 8, com direito a meia-entrada. Além do longa “À Beira do Caminho”, a noite conta com a exibição dos curtas “Depois da Queda” (MT), ficção de Bruno Bini; “O Descarte” (PR), animação com direção de Carlon Hardt e Lucas Fernandes; e “Qual Queijo Você Quer” (SC), ficção dirigida por Cintia Domit Bittar. Veja aqui a programação completa.

Fonte: G1

Blog do Deputado Federal GONZAGA PATRIOTA (PSB/PE)

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