Cantora americana Etta James morre aos 73 anos
- By : Assessoria de Comunicação do Deputado Gonzaga Patriota
- Category : Clipping
A cantora Etta James morreu nesta sexta-feira (20) aos 73 anos de idade. Ela sofria de leucemia terminal e estava ao lado de seu marido Artis Mills e de seus filhos quando morreu, segundo o empresário e amigo de longa data da artista, Lupe De Leon.
Nascida em 25 de janeiro de 1938 em Los angeles, a artista foi diagnosticada com a doença em 2010, e sofria ainda de demência e hepatite C. Ela morreu em um hospital de Riverside, na Califórnia.
Lupe De Leon, que trabalhou como empresário da cantora por 30 anos, afirmou que “é uma tremenda perda para a família, seus amigos e fãs ao redor do mundo. Ela conseguia cantar tudo. Sua música desafiava a categorização”.
Etta James, cujo nome verdadeiro era Jamesetta Hawkins, começou sua carreira em 1954 e, no ano seguinte, emplacou a canção “The wallflower (roll with me, Henry)” no topo das paradas de r&b. Ao longo dos anos, lançou hits como “Dance with me, Henry”, “Tell mama”, and “I’d rather go blind”, mas seu maior sucesso é “At last”, que pertence ao disco de mesmo nome lançado em 1960.
A cantora não foi a primeira a gravar a música, que em sua versão tinha altas doses de jazz, mas foi a de James que se tornou a mais famosa e a que iria definí-la como uma cantora lendária. Ao longo das décadas, muitas noivas ao redor do mundo usaram a canção, que foi passada de geração em geração por aparecer em trilhas sonoras de filmes como “American pie”. Além disso, o presidente Obama e a primeira-dama dançaram ao som do sucesso no baile de inauguração.
A artista, cuja sonoridade caminhava entre o soul, o blues e o jazz, teve uma vida turbulenta. Nunca conheceu seu pai, mas descrevia sua mãe como ausente e uma viciada em drogas. Foi criada por Lula e Jesse Rogers, que eram donos da casa onde a mãe de James chegou a morar. Ela frequentava a igreja graças à dupla, e sua voz costumava se destacar dentro do coral. Ficou tão famosa pelos momentos nos quais cantava sozinha que dizia receber a visita de estrelas de Hollywood que queriam vê-la cantar.
O r&b fez com que Etta James se afastasse da igreja. O músico Johnny Otis – que morreu nesta terça (17) – a encontrou cantando numa esquina de San Francisco com algumas amigas no começo da década de 50. Com 15 anos, James então foi a Los Angeles com Otis (após forjar um documento no qual sua mãe supostamente alegava que ela tinha 18) para gravar “Dance with me, Henry” em 1955.
Em 1959, assinou com a gravadora Chess, de Chicago, e começou a excursionar com artistas como Bobby Vinton, Little Richard, Fats Domino, Gene Vincent e Jerry Lee Lewis. Gravou vários hits no final dos anos 50 e na década de 60, entre eles “Trust in me”, ”Something’s got a hold on me”, ”Sunday kind of love”, ”All I could do was cry” e, claro, “At last”.
Gravou, em 1967, o que é considerado um dos melhores álbuns de soul de todos os tempos, “Tell mama”, uma fusão de rock e música gospel com arranjos de sopro, ritmos de funk e refrões com cara de coral de igreja. Uma das faixas do disco, “Security”, entrou para o top 40 de singles em 1968.
Seu sucesso, entretanto, caminhou lado a lado com seus demônios pessoais. Seu vício em drogas, que começou em 1960, durou muitos anos e a levou a uma existência angustiante, destruindo sua habilidade de cantar e quase acabando com sua carreira.
Pelo menos duas décadas foram necessárias para acabar com o vício da cantora. Seu marido, Artis Mills, permaneceu preso por anos após assumir a culpa, que na verdade era de James, por posse de drogas. Após voltar à ativa, ela conseguiu reconstruir sua carreira e, em 1984, foi convidada para cantar o hino nacional americano nos Jogos Olímpicos de Los Angeles. Além do problema com drogas, ela lutou contra a balança, chegando a fazer shows numa cadeira de rodas. Nos anos 2000, fez uma cirurgia e perdeu cerca de 90 quilos.
Etta James entrou para o Hall da fama do rock em 1993, ganhou um Grammy em 2003 na categoria melhor álbum contemporâneo de blues por “Let’s roll”, um em 2004 por melhor álbum tradicional de blues por “Blues to the bone” e, por fim, um com melhor performance vocal de jazz por “Mystery lady: songs of Billie Holiday”, de 1994. Também em 2003, levou um Grammy pelo conjunto da obra e uma estrela na calçada da fama de Hollywood.
Com a piora de seu estado de saúde, a artista passou a ter cuidados médicos em casa em 2011. Ela sofria de demência, problemas nos rins e leucemia, que, no final do ano passado, foi caracterizada como terminal por seu médico.
Seu último álbum, “The dreamer”, foi lançado em novembro de 2011 e trouxe sua interpretação para canções como “Welcome to the jungle”, do Guns N’ Roses e “Misty blues”, de Bob Montgomery.
Fonte: G1
Blog do Deputado Federal GONZAGA PATRIOTA (PSB/PE)
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