Chapéu de Palha da Estiagem vai beneficiar agricultores
Seis meses depois do período de forte seca no Semi-árido pernambucano, o governador Eduardo Campos, assinou o projeto de lei que prevê a criação do “Chapéu de Palha de Estiagem”.
A expectativa do gestor é que a Assembleia Legislativa aprove com o urgência o benefício, para que já a partir de outubro, 200 mil famílias de 112 municípios, recebam a primeira quota do crédito de R$ 280. De acordo com o texto enviado nesta segunda-feira (27), o valor deve ser pago em quatro parcelas iguais de R$ 70.
O dinheiro vai auxiliar os pequenos produtores rurais, que tiveram sua produção agropecuária prejudicada pela falta de chuvas.
Segundo o secretário de Agricultura e Reforma Agrária de Pernambuco, Ranilson Ramos, o Estado vai investir mais de R$ 50 milhões no novo programa que, se aprovado, vai atender ao mesmo tempo os trabalhadores assistidos pelo Garantia Safra e pelo Bolsa Estiagem, benefícios que se encerram em outubro. Eles receberão um novo cartão e poderão sacar o dinheiro nas agências da Caixa Econômica Federal.
“Estamos nos aproximando cada vez mais do pequeno produtor rural. Esse programa vai se somar a ações que já realizamos em prol do homem do campo, como a disponibilização de carros-pipa”, afirmou.
O coordenador do Movimento dos Sem-Terra em Pernambuco (MST-PE), Jaime Amorim, parabenizou a inciativa do governo, mas criticou a postura de desenvolver apenas ações emergenciais. “Todo apoio é importante, mas não é suficiente e não basta. É preciso que o Estado invista em projetos estruturadores porque a seca volta. É preciso pensar a longo prazo em favor dos pequenos produtores”, analisou.
O presidente da Federação dos Trabalhadores na Agricultura do Estado de Pernambuco (Fetape), Doriel Barros, também defendeu a necessidade de ações estruturadoras para o Semi-árido. “É preciso que olhemos para o Agreste e para o Sertão com compromisso, para que os trabalhadores de lá não percam a esperança e possam continuar no campo com dignidade”, disse.
Eduardo Campos reconheceu as dificuldades dos camponeses diante das mudanças climáticas da região, entretanto, rebateu as críticas dos movimentos sociais. “Estamos pensando no hoje e no amanhã. Além de desenvolver ações emergenciais a partir do diálogo com as prefeituras e com os camponeses, estamos com grandes projetos em andamento, como a construção das adutoras do Pajeú e do Oeste”, ponderou.
O governador aproveitou para adiantar que na próxima segunda-feira vai lançar o edital de licitação para a construção Adutora do Agreste. A obra vai beneficiar 60 municípios. “Não estamos pulverizando os recursos, mas aplicando com eficiência”, completou.
Fonte: Folha PE
Blog do Deputado Federal GONZAGA PATRIOTA (PSB/PE)
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