Chefes de Estado são recebidos na Rio+20 com 30 conselhos da sociedade civil

Os chefes de Estado e governo que chegam ao Rio de Janeiro nesta quarta-feira (20) para a reunião de cúpula da Rio+20 serão recebidos com 30 recomendações da sociedade civil sobre dez grandes temas que estão na agenda da Conferência.

A série de encontros Diálogos sobre o Desenvolvimento Sustentável foi a principal aposta do governo brasileiro para integrar cientistas, ativistas e empreendedores à programação oficial. A Rio+20 é a Conferência da ONU sobre Desenvolvimento Sustentável, que vai até o dia 22 de junho, no Rio.

Especialistas brasileiros e estrangeiros foram convidados a discutir os grandes temas a partir de dez recomendações formuladas por internautas na plataforma online Diálogos do Rio. De cada tema saíram três recomendações — uma escolhida previamente pelos próprios internautas, uma decidida em votação pela plateia e outra apontada pelos convidados.

Confira as 30 recomendações na tabela ao final do texto.

Boicote

Em protesto contra a política ambiental do governo, importantes ONGs brasileiras decidiram recusar os convites do Itamaraty para participar dos Diálogos Sustentáveis.

“Estamos no processo da Rio+20 e confiamos que essa efervecência da sociedade civil vai fazer a diferença, mas não dá para estar num lugar onde o outro lado não aceita o diálogo”, afirma Mário Mantovani, diretor da SOS Mata Atlântica. “Não ir aos diálogos é uma postura crítica que resolvimos assumir neste momento com relação ao governo brasileiro”.

O Greenpeace e o Instituto Democracia e Sustentabilidade também preferiram boicotar as discussões e concentrar suas atividades na Cúpula dos Povos, o fórum informal que acontece em paralelo à Rio+20, no Aterro do Flamengo.

Outras ONGs como a WWF, que também marca presença na Cúpula dos Povos e em outros eventos na Rio+20, aceitaram o convite para integrar o diálogo oficial. “Nossa gênese é menos de denúncia e mais de colaboração, para mostrar que assim é possível fazer mudanças significativas”, disse a secretária-geral da WWF no Brasil, Maria Cecília Wey de Brito. “Mas é claro que, quando acontece algo errado, nós também vamos às ruas protestar.”

Recomendações da sociedade civil aos chefes de Estado

Desemprego, trabalho decente e migrações (leia mais)
– Colocar a educação no centro da agenda dos objetivos sustentáveis
– Apoiar a maior igualdade de gêneros entre homens e mulheres, com governos se comprometendo com um objetivo de proteção social num prazo de dez anos
– Estabelecer objetivos nacionais para empregos “verdes”
Desenvolvimento sustentável como resposta às crises econômicas e financeiras (leia mais)
– Promover reformas fiscais que encorajam proteção ambiental e beneficiem os mais pobres
– Criar de um tributo sobre transações financeiras internacionais para contribuir para um “fundo verde” responsável pela promoção de empregos decentes e tecnologia limpas
– Adotar metas de desenvolvimento sustentável compartilhadas pelos governos, sociedade civil e empresas, cujos princípios seriam compartilhados
Desenvolvimento Sustentável para o combate à pobreza (leia mais)
– Promover a educação em nível global para erradicar a pobreza e promover o desenvolvimento sustentável
– Assegurar cobertura de saúde universal
– Integrar a igualdade social aos sistemas de saúde pública
Economia do Desenvolvimento Sustentável, inclusive padrões sustentáveis de produção e consumo (leia mais)
– Promover compras governamentais sustentáveis, como catalisadoras de padrões sustentáveis
– Incluir danos ambientais no cálculo do Produto Nacional Bruto (PNB) e complementá-lo com medidas de desenvolvimento social
– Eliminar progressivamente subsídios danosos e promover mecanismos fiscais verdes
Florestas (leia mais)
– Adotar meta de desmatamento zero até 2020, em paralelo à promoção de inclusão social
– Restauração de 150 milhões de hectares de terras desmatadas ou degradadas
– Promover a ciência, a educação e os conhecimentos tradicionais para enfrentar o desafio: tornar as florestas produtivas sem destruí-las
Segurança alimentar e nutricional (leia mais)
– Promover sistemas de produção e abastecimento de alimentos que sejam sustentáveis e contribuam para a melhoria da saúde
– Integrar a segurança alimentar como objetivo de políticas públicas para a proteção do meio ambiente
– Desenvolver políticas que estimulem a produção e consumo sustentável de alimentos
Energia sustentável para todos (leia mais)
– Tomar medidas concretas para eliminar subsídios a combustíveis fósseis
– Estabelecer metas ambiciosas para a transição para matrizes de energia renovável
– Programar investimentos para garantir acesso universal e igualitário à energia
Água (leia mais)
– Assegurar o acesso à água protegendo a biodiversidade, os ecossistemas e fontes de água
– Implementar o acesso irrestrito à água
– Desenvolver políticas de gerenciamento de recursos hídricos com a participação plena e efetiva dos povos e a preocupação com a infraestrutura das cidades (texto a ser formulado pelos debatedores)
Cidades sustentáveis e inovação (leia mais)
– Promover o uso de resíduos como fonte de energia renovável no meio urbano (com uma ressalva feita pela plenária: considerando o impacto social sobre os catadores de material reciclável)
– Planejar com antecedência para a sustentabilidade e qualidade de vida nas cidades
– Estabelecimento de metas e parâmetros claros para a promoção de sustentabilidade nas cidades (a ser formulada pelos debatedores)
Oceanos
– Lançar um acordo global para salvar a biodiversidade em alto mar
– Evitar a poluição dos oceanos com plástico por meio da educação e da colaboração nas comunidades
– Desenvolver uma rede mundial de proteção de áreas marinhas e criar de mecanismos de governança global para preservar a biodiversidade, em um cenário de crescente de nacionalização do meio ambiente marinho
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GONZAGA PATRIOTA PARTICIPA DO DESFILE DA INDEPENDÊNCIA NO PALANQUE DA PRESIDÊNCIA DA REPÚBLICA E É ABRAÇADO POR LULA E POR GERALDO ALCKMIN.

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Gonzaga Patriota participa de evento em prol do desenvolvimento do Nordeste

Hoje, participei de uma reunião no Palácio do Planalto, no evento “Desenvolvimento Econômico – Perspectivas e Desafios da Região Nordeste”, promovido em parceria com o Consórcio Nordeste. Na pauta do encontro, está o plano estratégico de desenvolvimento sustentável da região, e os desafios para a elaboração de políticas públicas, que possam solucionar problemas estruturais nesses estados. O evento contou com a presença do Vice-presidente Geraldo Alckmin, que também ocupa o Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, o ex governador de Pernambuco, agora Presidente do Banco do Nordeste, Paulo Câmara, o ex Deputado Federal, e atualmente Superintendente da SUDENE, Danilo Cabral, da Governadora de Pernambuco, Raquel Lyra, os ministros da Casa Civil, Rui Costa, e da Integração e do Desenvolvimento Regional, Waldez Góes, entre outras diversas autoridades de todo Nordeste que também ajudam a fomentar o progresso da região.

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GONZAGA PATRIOTA comemora o retorno da FUNASA

Gonzaga Patriota comemorou a recriação da Fundação Nacional de Saúde – FUNASA, Instituição federal vinculada ao Ministério da Saúde, que havia sido extinta no início do terceiro governo do Presidente Lula, por meio da Medida Provisória alterada e aprovada nesta quinta-feira, pelo Congresso Nacional.  Gonzaga Patriota disse hoje em entrevistas, que durante esses 40 anos, como parlamentar, sempre contou com o apoio da FUNASA, para o desenvolvimento dos seus municípios e, somente o ano passado, essa Fundação distribuiu mais de três bilhões de reais, com suas maravilhosas ações, dentre alas, mais de 500 milhões, foram aplicados em serviços de melhoria do saneamento básico, em pequenas comunidades rurais. Patriota disse ainda que, mesmo sem mandato, contribuiu muito na Câmara dos Deputados, para a retirada da extinção da FUNASA, nessa Medida Provisória do Executivo, aprovada ontem.