Segundo relatório divulgado esta semana pelo Tribunal de Contas da União (TCU), com base em dados disponíveis até o fim de fevereiro, a Arena Fonte Nova – que está sendo construída em Salvador e será uma das sedes da Copa do Mundo de 2014 – é a segunda mais avançada entre as 12 que estão sendo erguidas ou reformadas no país para a competição. Com 51% das obras concluídas, o estádio ficou atrás apenas do Castelão, em Fortaleza, que, segundo o documento, estava com 56% das obras executadas. Mas março está quase acabando e, de acordo, com o consórcio responsável pela construção da Arena Fonte Nova, o avanço físico da obra já ultrapassou 54%.

Depois de concluídas as fases de demolição do antigo estádio, reciclagem, terraplanagem e fundações, o estágio atual é a montagem da superestrutura, que é formada por pilares, vigas, lajes e arquibancadas. De acordo com o consórcio formado pela Odebrecht Infraestrutura e pela OAS, mais de 75% desta fase está pronta. Em abril, os operários devem começam a instalar a estrutura metálica da cobertura, o que vai dar a quem passa pela região a impressão ainda maior de que o trabalho está cada vez mais perto do fim. A previsão é que em outubro próximo, tenha início a instalação dos assentos e do campo de futebol, e que a inauguração acontece no fim do ano, ou seja, em pouco mais de nove meses.

Do avanço da construção depende a confirmação da arena como sede também da Copa das Confederações, que acontece em 2013. Isso porque, quando anunciou as cidades brasileiras que serão sede dos jogos do torneio do ano que vem, em outubro do ano passado, a Fifa deixou em aberto a participação da capital baiana e do Recife, garantindo Brasília, Belo Horizonte, Fortaleza e Rio de Janeiro. A decisão acontecerá em junho. No último dia 17 de janeiro, no entanto, durante visita de representantes da Fifa, da Comitê Organizador Local e do Ministério dos Esportes, o secretário-geral da Fifa, Jérôme Valcke, elogiou a cidade e praticamente a garantiu como sede do torneio do próximo ano.

CONSTRUÇÃO – As obras foram iniciadas em junho de 2010 e estão orçadas em R$ 591,7 milhões, que serão pagos por meio de uma Parceria Público-Privada (PPP). Em agosto do mesmo ano, a antiga Fonte Nova foi demolida. Atualmente, há 2.600 trabalhadores, entre operários (2.100), funcionários do setor administrativo, e terceirizados, que estão mantendo 22 horas de trabalho divididos em dois turnos. Quando pronto, o equipamento esportivo terá capacidade para receber 50 mil pessoas em assentos cobertos, distribuídos em três níveis de arquibancadas. Haverá duas mil vagas de estacionamento, 70 camarotes, quiosques e espaço cultural.

A área total do terreno, que tem aproximadamente 116 mil m², possui 90 mil m² dedicados à arena multiuso, além da área de hospitalidade e do edifício-garagem. Ao todo, serão utilizados na obra 45 mil m³ de concreto, sendo 14 mil m³ em peças de pré-moldados e 31 mil m³ em peças moldadas no próprio canteiro de obras.

MULTIUSO – O empreendimento será viabilizado pelo Governo do Estado e por uma concessionária formada pelas empresas Odebrecht Participações e Investimentos e OAS, batizada de Fonte Nova Negócios e Participações (FNP), e não ficará restrito aos eventos esportivos. A arena será também um complexo de lazer, que sediará shows de grande porte, congressos e encontros de negócios. Seu projeto é de autoria dos arquitetos alemães Marc Duwe e Claas Schulitz.

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