Combate ao crack em Pernambuco será reforçado
O combate à epidemia do crack ganhará reforço mais agressivo no estado. A partir de janeiro, pelo menos 120 policiais militares serão destinados exclusivamente para identificar e reprimir os pontos de venda e uso da droga, 24 horas por dia. Três pontos do Recife, considerados mais vulneráveis e com altos índices de homicídios, serão os primeiros beneficiados: o bairro de Santo Amaro e as comunidades de Capilé e Chié, ambas em Campo Grande.
A ação faz parte do programa federal “Crack, é Possível Vencer”, lançado no estado em março deste ano. Três bases móveis, com sistema de videomonitoramento dos locais com maior risco de vulnerabilidade, foram doadas pelo Ministério da Justiça para contribuir com o combate. Um arsenal formado por 350 armas Tasers e 150 Sparks (conhecidas por serem menos letais) também foi distribuído aos batalhões da PM. A ideia é que a ação contemple toda a Região Metropolitana do Recife e o município de Caruaru, no Agreste.
Cerca de dois mil policiais já foram treinados para o uso adequado do armamento que tem a finalidade de imobilizar, por alguns instantes, o alvo e rendê-lo. Mas, a depender de alguns fatores, como o consumo de álcool ou drogas, a pessoa atingida pode chegar ao óbito.
O coordenador estadual de Polícia Comunitária, coronel Gilmar Oliveira, explicou que, no primeiro momento, os PMs visitarão as localidades como uma forma de conscientizar a população. Os usuários de crack serão abordados e encaminhados para programas estaduais, como o Atitude – que prevê acolhimentos provisórios ou permanentes para tratamento do vício e reinserção social.
“Nossa intenção é de que as armas de menor potencial só sejam usadas em última instância, quando houver resistência. Os policiais estão preparados para essas ocasiões extremas. O combate mais efetivo ao crack é uma necessidade urgente. A sociedade precisa disso”, afirmou Oliveira.
O treinamento dos PMs para uso das armas está sendo realizado pela Coordenação de Operações e Recursos Especiais (Core). O comandante da especializada, José Silvestre, informou que as duas pistolas são semelhantes, mas a Spark – que é uma versão nacional – tem uma corrente elétrica mais baixa que a Taser, afetando menos o corpo humano. “O sistema de controle dela também é mais eficaz, pois cada disparo é controlado por uma trava”, disse. Silvestre afirmou ainda que todo o armamento está passando por testes para evitar qualquer incidente.
Fonte: Diario de Pernambuco
Blog do Deputado Federal GONZAGA PATRIOTA (PSB/PE)
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