Comissão de Ética arquiva procedimento sobre ministra Ideli
A Comissão de Ética Pública da Presidência da República decidiu nesta segunda-feira (14), por unanimidade, arquivar o procedimento preliminar aberto sobre a ministra da Secretaria de Relações Institucionais, Ideli Salvatti, segundo informou o presidente da comissão, Sepúlveda Pertence.
De acordo com Pertence, o colegiado decidiu não abrir processo para apurar se houve falta ética da ministra, envolvida em denúncias sobre a compra de lanchas pelo Ministério da Pesca. “Arquivou-se a denúncia porque os fatos relatados na própria denúncia, assim como os documentos […], nada provaram que lhe pudesse ser atribuído a título de falta ética”, disse.
A comissão decidiu abrir procedimento preliminar no dia 16 de abril motivada por uma representação de autoria do PSDB. O partido pediu que fosse apurado se houve conduta antiética por parte da ministra, que comandou a Pesca antes de assumir a articulação política do governo.
De acordo com reportagem do “Estado de S. Paulo”, a empresa Intech Boating foi contratada para construir lanchas-patrulhas de mais de R$ 1 milhão cada. Após a contratação, a empresa teria sido procurada pelo PT de Santa Catarina para doar R$ 150 mil ao comitê local.
Ainda de acordo com o a reportagem, o PT catarinense pagou 81% dos custos da campanha de Ideli ao governo daquele estado, em 2010. Ela perdeu a eleição, assumiu o ministério da Pesca em 2011 no governo de Dilma Rousseff e, em seguida, a Secretaria de Relações Institucionais.
As informações prestadas pelo Tribunal de Contas da União confirmaram, segundo Sepúlveda Pertence, que “nada havia contra a ministra”. “Não é possível pedir a cada ministro que faça, antes de tomar posse, a folha corrida do seu ministério para saber se no passado houve alguma irregularidade”, declarou.
Antes mesmo da abertura do procedimento, Ideli, segundo disse Sepúlveda, já havia prestado esclarecimentos voluntariamente.
Ministro da Saúde
Ainda de acordo com Pertence, o colegiado rejeitou o pedido de abertura de procedimento sobre o ministro da Saúde, Alexandre Padilha. Os conselheiros fizeram uma análise de conjuntura das reportagens sobre a relação do ministro com o bicheiro Carlinhos Cachoeira, mas constataram “insuficiência de provas”.
Segundo reportagem do jornal “Folha de S.Paulo”, Padilha teve o nome citado em uma conversa telefônica em que teria autorizado o grupo de Cachoeira a dar sequência a uma negociação na área da saúde.
Fonte: G1
Blog do Deputado Federal GONZAGA PATRIOTA (PSB/PE)
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