Por conta da maior estiagem registrada nos últimos anos, Salgueiro está entre os 56 municípios do sertão pernambucano reconhecidos pela Defesa Civil de Pernambuco, em estado de emergência, diante decreto publicado no Diário Oficial. O decreto é o ponto crucial para começar a operar as políticas principais de combate aos efeitos da seca. A Secretaria Nacional de Defesa Civil também reconheceu a situação de emergência em Salgueiro, através de portaria publicada no Diário Oficial da União.
Nesse sentido a Prefeitura de Salgueiro/Secretaria de Desenvolvimento Rural tem buscado alternativas para minimizar os vários efeitos da seca, por meio de um trabalho coletivo que começa com um contato direto com produtores e trabalhadores rurais nas comunidades e anuncia que continuará dando assistência para as famílias e animais afetados com a escassez de água. “Uma série de ações tem sido realizadas para atender as necessidades hídricas das comunidades rurais, bem como dos animais que tem sofrido com a falta de chuva na região. Uma das medidas adotadas nos últimos meses, pelo governo municipal é a limpeza e construção de cacimbas”, explica o prefeito Marcones Sá.
Até o momento foram construídas mais de 80 cacimbas, inclusive de uso comunitário, o que vem beneficiando cerca de 90 famílias. A Prefeitura também vem realizando reuniões nas comunidades rurais mais afetadas pela estiagem com o objetivo de buscar maiores informações que venham subsidiar planos de ações a serem implementados de acordo com a possibilidade do prolongamento do fenômeno da seca chegar até o final do ano.
O secretário de Desenvolvimento Rural, Nilton Cavalcanti, aponta que já foram realizadas reuniões nas comunidades de Bela Vista, Campinhos e Barreiros, estando previstas outras para a Camarinha, Montevidéu e Vasques. A equipe técnica da secretaria, segundo ele, tem participado ouvindo os moradores e propondo ações que venham atenuar as dificuldades enfrentadas pelas populações rurais.
Ainda de acordo com secretário, o momento é grave para os produtores rurais, pois as perdas na lavoura estão estimadas em 50%, sendo que a maior parte dos agricultores não realizou sequer o plantio das culturas. Para o consumo de água potável pelos moradores das comunidades rurais, a Prefeitura já busca outras soluções como o fornecimento de caixas d’água em caráter temporário para algumas comunidades que ainda não possuem cisternas. Essas caixas já deverão ser disponibilizadas num prazo de 15 quinze dias, quando deverão reduzir as distâncias entre as residências até os reservatórios que receberão a água.
Outras atividades para mitigação dos efeitos da estiagem nas comunidades rurais estão sendo priorizadas pela Prefeitura como ações de emergência, a exemplo do abastecimento de água potável por meio de carro pipa que tem parceria da Secretaria de Agricultura e Reforma Agrária do Estado, implantações de sistemas simplificados de abastecimento em comunidades que suportem a necessidade e construção de barragens subterrâneas.
O governo municipal tem buscado também o apoio de outras entidades como a Defesa Civil do Estado, visando planejar ações que venham evitar que maiores consequências possam agravar ainda mais o atual cenário. O decreto permitirá aos municípios serem beneficiados com programas federais como o Bolsa Estiagem, liberação do crédito através financiado pelo Banco do Nordeste e antecipação do Seguro Safra que é pago para agricultores que tiveram perda mínima de 50 % da safra.
Cada um recebe o auxílio de R$ 680, divididos em 5 parcelas. Os que não têm direito ao seguro receberão o Bolsa Estiagem, no valor de R$ 400, com acréscimo de R$ 200 concedido pelo governo do Estado, também dividido em 5 parcelas, que serão pagas já a partir deste mês.
Blog do Deputado Federal GONZAGA PATRIOTA (PSB/PE)
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