Desemprego entre jovens é de quase 13% e deve seguir nessa faixa até 2016
O índice de jovens desempregados no mundo deve ficar na faixa de 12,7% até 2016, segundo uma pesquisa recém-divulgada pela Organização Internacional do Trabalho (OIT).
Os dados constam da pesquisa Emprego entre os Jovens – Tendências para a Juventude 2012, que traz dados mundiais sobre o mercado de trabalho para jovens que têm entre 15 e 24 anos de idade.
A OIT acredita que a tendência de falta de emprego elevada entre os jovens – pessoas que têm entre 15 e 24 anos – em todo mundo vai se manter porque ”apesar de algumas regiões terem feito progressos em mitigar o impacto da crise econômica global, todas as regiões enfrentam desafios no setor de emprego”.
O índice mais recente, o de 2011, foi de 12,6%, o equivalente a cerca de 74,5 milhões de pessoas. E a projeção para este ano é de que a cifra permaneça nessa faixa – um índice de 12,7%.
Segundo dados da OIT, a crise econômica pôs fim à tendência de declínio de desemprego entre os jovens que vinha se verificando entre 2002 e 2007. Desde 2007, o número de jovens sem emprego aumentou em mais de 4 milhões em todo o mundo.
Norte de África
O maior aumento foi registrado no Oriente Médio e no Norte da África. Em 2010, havia cerca de 25,4% de jovens desempregados no Oriente Médio, e 23,1% de jovens sem emprego no Norte da África.
Em 2011, a taxa do Oriente Médio foi de 26,5%, e a do Norte da África chegou a 27,9%. A perspectiva é de que a tendência se mantenha pelos próximos quatro anos nas duas regiões, alcançando entre 27 e 29 milhões de jovens.
Na América Latina e no Caribe, o número de jovens sem trabalho aumentou no auge da crise – de 13,7% em 2008 para 15,6% em 2009 -, mas vem sofrendo uma ligeira queda nos últimos anos.
Em 2011, a taxa de jovens desempregados foi de 14,3% na região. A projeção para este ano é de que ela permaneça inalterada e siga nessa faixa até 2016, atingindo de 9,7 milhões a 9,8 milhões de jovens.
A população de adultos desempregados em todo o mundo em 2011 foi de 121,5 milhões. A projeção para 2012 é de que a cifra vá aumentar ainda mais e chegar a 127,9 milhões de pessoas.
Mudanças estruturais
Depois do Oriente Médio e do Norte da África, o mais elevado índice de desemprego entre jovens, segundo a pesquisa, se deu na região que abrange ”Economias desenvolvidas e União Europeia”, de países considerados ricos, em que a taxa de 2011 ficou na faixa de 18% e deve permanecer idêntica em 2012, segundo projeções para este ano. Ela poderá, no entanto, apresentar um ligeiro declínio até 2016 – ano em que a perspectiva é de que caia para 16%.
Os ”níveis dramáticos” registrados entre os países ricos se deve, segundo a OIT, ao fato de que os jovens estão ”presos” a empregos instáveis ou não convencionais devido ao impacto da crise econômica ou de reformas nos mercados de trabalho. Outra tendência registrada nos países desenvolvidos é de que há um número elevado de jovens que saem do mercado de trabalho e outros que optam em permanecer mais tempo estudando, devido à escassez de ofertas.
Já em relação aos países em desenvolvimento a OIT afirma que ”mais e melhor educação e treinamento são essenciais para que se obtenham empregos decentes nas economias de países em desenvolvimento”.
Mas a pesquisa acrescenta que melhoras no ensino pura e simplesmente não garantem mais oportunidades de emprego, uma vez que ”mudanças estruturais” nas economias dos países em desenvolvimento vêm provocando ”disparidades” em que jovens não necessariamente possuem as habilidades necessárias para preencher as ofertas de trabalho existentes.
Fonte: BBC Brasil
Blog do Deputado Federal GONZAGA PATRIOTA (PSB/PE)
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