Distância entre economia brasileira e nordestina diminui, aponta Banco Central
- By : Assessoria de Comunicação do Deputado Gonzaga Patriota
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A situação econômica do Nordeste ainda está distante da média brasileira. Mas, aos poucos, essa distância está ficando menor. Entre 2003 e 2011, o Produto Interno Bruto (PIB) da região cresceu 49,3% contra 40,9% do Brasil. “O Nordeste cresceu 11 anos em nove. Existe uma diferença entre o Nordeste e o país. Mas esses números dizem que essa distância encurtou”, comentou o diretor de política econômica do Banco Central, Carlos Hamilton Araújo. Ele veio ao Recife neste quinta-feira (8) para divulgar o boletim regional trimestral do banco.
Segundo Araújo, o Ceará foi o estado nordestino com o maior crescimento no período (49,6%). Mas Pernambuco não ficou com muito longe (47,6%). A Bahia cresceu 46,03%. O peso da administração pública, bem maior que a média nacional, contribuiu significativamente para o crescimento dos últimos anos. Assim como a participação dos chamados serviços industriais de utilidade pública (como a geração de energia elétrica). “Esses elementos sugerem que a economia nordestina seria mais resistente aos ciclos (crises)”, afirmou Carlos Hamilton Araújo.
De acordo com o boletim, a atividade economia do Nordeste se recuperou nos últimos meses. Cresceu 1,2% no segundo trimestre do ano, contra um aumento de 0,4% da média nacional. O desempenho foi otimizado pelo comércio varejista e pela produção industrial. “Houve uma recuperação dos efeitos da crise de 2008/2009”, comentou Araújo. A produção agrícola não teve a mesma sorte. Houve uma queda grande na produção de grãos (-13%). O caso do feijão nosso de cada dia foi o mais dramático: a redução foi de 60,2%.
Mercado de trabalho
No rosário de números apresentados pelo diretor de política econômica do BC – o boletim tem nada módicas 127 páginas – os do mercado de trabalho também mereceram destaque. “Percebemos que em 2009 tínhamos uma distância bem maior entre o Nordeste e o Brasil.” Agora, a enquanto a taxa de desemprego do Brasil ficou em 5,4%, a do Nordeste baixou para 6%. A realidade dos dois dígitos ficou definitivamente para trás. A distribuição de renda também melhorou na região, muito graças à influência dos programas sociais, como o Bolsa Família.
“No Nordeste, 56% dos trabalhadores ganham até um salário mínimo. Em Pernambuco, 48%. Mas houve um crescimento grande do salário mínimo. E isso impacta mais naqueles locais onde a renda é mais ligada a esse benefício”, comentou Araújo, que desta vez não apresentou o boletim regional trimestral na bonita sede do BC no Recife, que fica na Rua da Aurora. A equipe do banco foi convidada do 1º Encontro Pernambucano de Economia, realizado na Universidade Federal de Pernambuco.
Fonte: Diario de Pernambuco
Blog do Deputado Federal GONZAGA PATRIOTA (PSB/PE)
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