Eduardo não descarta aliança nacional com PSDB

Passadas as eleições municipais, os próximos passos das lideranças partidárias é começar a analisar como se desenhou o cenário nacional e a partir daí dar início à montagem das estratégias visando a Presidência da República em 2014. Desde o início do período pré-eleitoral, o governador Eduardo Campos (PSB) vem se movimentando para ganhar musculatura e, assim, se cacifar para ser o sucessor da presidente Dilma Rousseff (PT), com quem tem uma boa relação política e pessoal. Mas o governador insiste em negar sua intenção de disputar o Palácio do Planalto, mesmo tendo construído as condições para um projeto nacional. Nesta segunda-feira (08), durante coletiva para fazer um balanço nacional do PSB – juntamente com o vice-presidente do partido, José Amaral, o secretário nacional, Carlos Siqueira, e o presidente estadual, Sileno Guedes -, o socialista falou que só irá tratar sobre 2014 depois do segundo turno. Eduardo não descartou a possibilidade de uma aliança nacional com o PSDB, proposta pelo ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, caso Eduardo rompa com o PT. Também reforçou que o prefeito eleito Geraldo Julio, terá total autonomia para construir sua gestão e que, passadas as eleições no Recife, está na hora de deixar de lado as divergências políticas, referindo-se ao PT.

Eleições 2014
Estamos vivendo ainda o segundo momento da eleição de 2012. Ainda não encerramos as eleições deste ano. E fechamos essa primeira etapa com o PSB apresentando um crescimento, com um resultado extraordinário e muito positivo no País. Já estamos atuando junto aos nossos candidatos que foram para o segundo turno em várias capitais e cidades do Brasil que têm dois turnos. Portanto, entendo que não é a hora de se tratar de 2014. Nós não vamos resolver 2014 agora, e não é só o PSB, nenhum partido vai resolver. Esta questão será resolvida no tempo certo, quando os partidos tiverem as condições de fazer avaliação de conjuntura, de ler as circunstâncias para 2014 e, assim, poder se posicionar. Estamos torcendo para que passe o segundo turno, que a gente possa vencer o maior número de eleições para que, na sequência, possamos ajudar mais e mais a presidente Dilma nessa tarefa de recolocar o País no rumo do crescimento e do desenvolvimento. Esta é uma tarefa que ela irá, com certeza, precisar da ajuda do PSB. O PSB sai desta etapa da eleição mostrando uma vitória eleitoral que foi antecedida de uma vitória política, que é o fato de há alguns anos o PSB ter tido unidade em seu comando para expressar na vida brasileira uma opção que cada vez ganha mais destaque e respeito da sociedade brasileira. O PSB vem se firmando com essas vitórias políticas que têm se traduzido eleição após eleição em vitórias. Foi assim em 2008, em 2010, em 2012 e nós entendemos que isso expressa o tamanho do partido e muitos não percebiam. Nós temos esse tamanho, mas também temos propostas de fazer funcionar, seja a máquina pública dos municípios ou estados que o PSB governa.

Segundo Turno
Estamos fazendo uma reunião da executiva nacional na próxima quarta (amanhã), às 14h, em Brasília. Hoje (ontem), desde cedo entramos em contato com todos os candidatos nossos que estão no segundo turno e com outras direções partidárias e candidatos que estão em busca do apoio do PSB, em municípios que o PSB não está disputando ou não chegou no segundo turno. Quero crer que só após essa reunião teremos um calendário da participação dos dirigentes do PSB nessas eleições. Vou estar à disposição nos fins de semana e à noite para participar das atividades de campanha, gravações para horário eleitoral, atos e outros.

Novo federalismo
Temos pouco tempo de democracia e este é o período mais largo, que não tem nem 30 anos. Isso gera a fragilidade no quadro partidário e me anima ver o partido com a história do PSB crescendo com essa consistência. Disputamos pouco mais de mil eleições, elegemos 436 municípios e superamos nossas expectativas. Agora temos que olhar para um grande debate que o Brasil fará depois das eleições que é sobre o novo federalismo. Sabemos que a linha que separa a esperança da frustração é muito tênue. O voto é um ato de esperança. Quem foi eleito agora, e os que serão no segundo turno, vão encarar o desafio de melhorar a saúde, educação, mobilidade, habitação e segurança pública e os municípios estão vivendo a mais dura crise fiscal. Temos por decisão do Supremo Tribunal que, até dezembro, lega ao País uma nova regra de partilha daquela que é a fonte principal de receita, o FPM e FPE . Esse debate é fundamental, porque os municípios precisam das condições para realizar seu papel na estruturação das politicas públicas nas mais diversas áreas.

Aliança com FHC
Nós temos posição de divergências com o PSDB, no plano nacional, e não é de hoje. Isso também não impede que possamos reconhecer o papel que o PSDB teve na vida pública brasileira. Não somos daqueles que negam o que houve no governo do presidente Fernando Henrique. Se houve falha nesse período, estávamos na oposição apontando essas falhas. Mas também temos que ter maturidade para reconhecer que o presidente deixou um legado para o Brasil que foi importante, inclusive, para o êxito do governo do presidente Lula. E posso falar da estabilidade econômica, do sistema financeiro mais estruturado do que em outras partes do mundo. Houve avanços importantes na área da educação, como universalização do acesso ao ensino, e outras coisas que, no calor da disputa, a velha política não permitia que houvesse esse reconhecimento. Temos com o PSDB, em muitos estados, alianças que não foram feitas agora, que foram desde o processo de redemocratização. Até porque, o PSDB, ao contrário de outras forças políticas que estão conosco hoje na base de sustentação da presidente Dilma, esteve conosco em momentos decisivos da vida brasileira que era vencer o arbítrio, construir a democracia e liberdade que era o alicerce para todas as conquistas. Temos clareza que esse diálogo que o PSDB tem com o PSB é patrimônio do nosso jeito de fazer política, a nossa capacidade de diálogo, de reconhecer nos adversários o que foi bem feito. Não vamos importar a polaridade de São Paulo para todos os estados, como se fosse verdade absoluta, o que não é. Em Minas Gerais, por exemplo, se você pegar as alianças que existem no Interior entre PT e PSDB é maior do que todas as alianças juntas.

PSB x PSDB
Vimos que nos resultados apurados até agora vai ficando claro que essa polarização foi superada em muitos lugares. Se isso vai ser regra, ao final dos votos apurados, a gente vai precisar esperar o segundo turno para tirar essas conclusões. Entendo que há um desejo no Brasil de se fazer um debate com mais profundidade do que o simples debate da negação de parte a parte. Esse debate é a construção da nova pauta. O eleitor brasileiro demonstrou, nesta eleição, a busca por novas alternativas. Esta eleição vai deixar em muitos estados novos quadros políticos.

Aliança PT e PSB
Não vamos falar de reaproximação porque se reaproxima quem se distanciou. Eu e Lula nunca estivemos distantes. Temos uma relação de muitos anos de amizade e respeito. Muitas eleições em que o PSB apresentou candidatos nos pleitos municipais e o PT também e isso nunca afetou nossa relação. No Recife, o que queremos é dar nossa contribuição. Se ficou algum problema eleitoral, que fiquem nas eleições e as eleições se encerraram. Agora é a hora de olhar para o futuro e dos interesses do Estado e da população. Não é de brigas que Recife e Pernambuco precisam. É de trabalho. E quem falou isso foi o eleitor. É preciso ler o resultado das eleições. É um segredo importante para tentar identificar o que o eleitor quer. E, na minha leitura, o eleitor disse: “cuide de trabalhar, deixe essas brigas de lado porque não nos interessa”. Uma coisa é a eleição municipal, outra coisa é a aliança que temos em nível estadual e nacional. Em Pernambuco, acabaram as eleições. Agora é trabalhar e fazer o que tem que ser feito pela sociedade. Não podemos perdurar um debate da realidade municipal e tentar importar um microclima de eleição para um debate mais geral. O próprio prefeito eleito, Geraldo Julio, deixou claro sua disposição para o diálogo. É hora de unir, olhar para a frente. O que passou, passou. É hora de olhar para o futuro.

CÂMARA FEDERAL
Esse assunto (de brigar pela presidência do Congresso Nacional) não é uma pauta para o diretório nacional do partido, e, sim, para as bancadas e deputados federais. Entendemos sempre, como direção partidária, que a nossa bancada pudesse tomar a sua decisão pautada por princípios. Se o princípio da proporcionalidade puder ser respeitado, é sempre melhor num colegiado porque é um instrumento que protege a minoria. Mas se não vai ser isso, é uma decisão das bancadas e não dos partidos. Normalmente, não dá certo partido se meter nessas decisões. Além disso, não tem essa relevância toda como se pensa, porque quem vier a presidir a Câmara e Senado tem que cumprir as regras colocadas. E o plenário será soberano para tomar as decisões.

AUTONOMIA
Quem trabalha comigo sabe que não faço intervenções, nem nas secretarias do Estado. Eu nomeio o secretário e ele nomeia o time todo. O que definimos são as metas a serem cumpridas, aqui internamente no governo. Todos sabem que quem vai comandar a Prefeitura é um brilhante quadro do serviço público, um quadro político que mostrou talento e habilidade de juntar forças, que, em quatro meses, surpreendeu a muitos. Podem ficar certos de que vocês vão ver alguém que sabe liderar. E o PSB vai dar apoio para que Geraldo tenha liberdade para fazer o comando do seu governo. E a nós, do Estado, vai restar o papel de ajudá-lo como ele nos ajudou em cinco anos e seis meses a ter os resultados que o Governo apresenta. Ele fez falta durante quatro meses na nossa gestão, mas o nosso time tem dado conta do trabalho. Na Prefeitura, quando ele for montar sua equipe, pode querer levar pessoas daqui que já trabalharam com ele. Quero ressaltar que ele tem capacidade de identificar quadros e fará um trabalho correto quando a equipe estiver montada. Tenho certeza que daqui a quatro anos vamos ver que valeu a pena ter apresentado um caminho e que esse caminho vai nos levar a dias melhores. A cidade deu o grito de independência, porque tivemos uma candidatura que foi decidida por uma frente, decidida pela política do Recife. O vitorioso foi um candidato que representou a cidade. Antes, tínhamos uma candidatura que chegaram a dizer que ela não existiria, que ela nem iria para o segundo turno. E essa candidatura resolveu a eleição no primeiro turno. Isso é bom para a cidade porque desmonta os velhos palanques.

OPOSIÇÃO
A oposição sai da eleição do tamanho que a sociedade desejou. O voto é quem forma o tamanho da oposição. Democracia é isso. Acho que o importante é que os que ganharam, e são da base de sustentação, e os que perderam da oposição possam fazer um trabalho qualificado. Às vezes, a qualidade de intervenção de um mandato vale por uma bancada, depende da articulação.

Fonte: Folhape

Blog do Deputado Federal GONZAGA PATRIOTA (PSB/PE)

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