Em depoimento, homem que esquartejou a irmã na Iputinga diz que se sentiu ameaçado por ela
- By : Assessoria de Comunicação do Deputado Gonzaga Patriota
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Horas depois da tragédia familiar que deixou uma mulher morta e assustou moradores da Comunidade do Detran, na Iputinga, Zona Oeste do Recife, neste sábado (20), o acusado pelo crime, João Severino da Silva, 56 anos, prestou depoimento no Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP).
João Severino é acusado de, durante um surto de esquizofrenia, matar a facadas a irmã, Eurides Mendes dos Santos, 50, e depois esquartejar o corpo dela. A mãe deles, Maria do Espírito Santo, 82, foi refém desde o início da manhã até por volta das 8h40.
Na imagem, o local onde ocorreu o crime
De acordo com o escrivão de plantão, Cícero Roberto, as informações que o acusado forneceu durante a ouvida foram confusas. “O que ele falou de mais impactante é que matou a irmã porque achava que ela estava possuída por um gato preto. Depois, só dizia palavras soltas”, afirmou.
João Severino alegou que tinha problemas mentais. No depoimento, relatou parcialmente como cometeu o crime. Contou que Eurides tinha dado os remédios dele e da mãe e ido dormir. Por volta das 3h30, o acusado teria levantado para ir ao banheiro. Assustada, ela teria aberto a porta do quarto para ver do que se tratava a movimentação na casa, a de número 212 da Rua Engenheiro Sales Zacainer.
Nesse momento, João Severino afirmou que começou ouvir as vozes que diziam que a irmã estaria possuída pelo espírito de um gato preto e iria atacá-lo. Com uma faca, assumiu ter perfurado o peito de Eurides.
“Ele disse que achava que o gato iria continuar incorporado nela e que continuava ameaçando. Cortando as pernas dela, pensou que não poderia mais fazer isso”, relatou o escrivão. Depois de matar a irmã, João Severino chegou a ir para a padaria com a faca na mão, retornou para casa e voltou a sair com a perna na mão, perguntando aos moradores “o que faria com aquilo”.
A polícia chegou ao local depois do amanhecer e tentou negociar com o acusado. O capitão Rogério Thomas contou ao Jornal do Commercio que ele andava pela casa gesticulando e mostrando a faca. Sem obter sucesso no diálogo, os policiais entraram na casa e o detiveram com uma arma de choque.
João Severino foi levado para Hospital Ulisses Pernambucano, na Tamarineira, Zona Norte do Recife antes de prestar depoimento no DHPP. Nesta tarde, foi transferido para o Centro de Observação e Triagem (Cotel), em Abreu e Lima, na Região Metropolitana do Recife.
Lá, aguardará decisão judicial para fazer um exame psiquiátrico. No depoimento, afirmou que já havia sido preso em um hospital psiquiátrico por, em outro surto, agredir a mãe. Vizinhos, ao contrário, disseram que sabiam dos problemas mentais dele, mas não se sentiam ameaçados porque ele nunca havia sido violento. As informações ainda serão confrontadas e confirmadas pela polícia.
O corpo de Erides Mendes foi encaminhado para o Instituto de Medicina Legal (IML). Ainda não há previsão para a liberação do corpo. A mãe dos dois, cadeirante e muda, foi levada para a Unidade de Pronto Atendimento da Caxangá, onde foi constatado que não foi ferida.
Fonte: NE10
Blog do Deputado Federal GONZAGA PATRIOTA (PSB/PE)
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