Começam a valer no dia 1º de novembro os novos contratos do “Minha Casa, Minha Vida”, que vão permitir o financiamento de imóveis mais caros. Essa mudança beneficia, principalmente, a classe média. No dia 04 de outubro, foram anunciadas alterações nas regras do programa. As principais são a queda de juros e o aumento no teto para financiamento. O valor máximo, agora, para contratação dos imóveis passou de 150 para 170 mil reais.

O gerente de crédito imobiliário Emanoel Bruno espera que a procura por esse tipo de financiamento cresça bastante à medida que a população for conhecendo as mudanças. O arquiteto Paulo Oliveira, por exemplo, já vai usufruir de algumas vantagens. “Ele está adquirindo, hoje, um imóvel que está na faixa de R$130 a 140 mil, mas que ainda está em construção. Quando ele for partir para o fincanciamento, o imóvel vai estar fora dessa faixa. Agora, com esse novo aumento do teto do valor do imovel, ele vai estar enquadrado no ato da entrega, quando ele for fazer o financiamento”, explica o gerente.

Para o arquiteto, não poderia haver momento mais oportuno. O imóvel que ele quer fica num residencial que está sendo construído em Ipojuca, na Região Metropolitana. Serão mais de três mil unidades, numa espécie de bairro planejado. “Com essa redução das taxas de juros e o aumento do teto, incentivou a compra do meu primeiro imóvel”, diz Oliveira.

Já o presidente da Associação das Empresas do Mercado Imobiliário de Pernambuco (Ademi-PE), Eduardo Moura, acredita que as modificações vieram em boa hora, mas ainda não resolvem o problema da falta de oferta para o programa na capital. “Recife sempre tem a dificuldade, na verdade, de enquadramento no plano Minha Casa, Minha Vida, porque o valor ainda de R$ 170 mil ainda é baixo, os preços dos terrenos são bastante elevados no Recife. Isso fecha muito bem em Jaboatão, Olinda, São Lourenço, no Cabo, em Paulista […] Funciona na área metropolitana, mas na cidade do Recife não se conseguiria fechar ainda com esse valor”, avalia o presidente da Ademi-PE.

A analista de crédito Lilian Cavalcanti fez um financiamento pelo Minha Casa, Minha Vida no mês de maio. O condomínio onde ela vai morar, em Dois Carneiros, Jaboatão dos Guararapes, tem previsão de entrega para 2014. Ela vai pagar em 25 anos e as parcelas estão em R$ 370. “Eu financiei pela Caixa [Econômica Federal], obtive um desconto de R$ 17 mil de subsídio do governo, então foi um bom desconto no meu financiamento. Tive também descontos com relação às despesas cartoriais; 50% da escritura do meu imóvel foi pago pelo governo. Sem contar a taxa de juros, que, num financiamento normal, a taxa de juros seria em média 8% e eu consegui financiar o meu imóvel por juros de 5% ao ano”, comenta a analista.

O Programa Minha Casa, Minha Vida, do governo federal, é voltado para pessoas com renda bruta de até cinco mil reais e oferece descontos, subsídios e redução no valor das parcelas.

Fonte: G1 PE

Blog do Deputado Federal GONZAGA PATRIOTA (PSB/PE)