Um mês após o relançamento do programa Patrulha no Bairro no Recife e na Região Metropolitana, a iniciativa já mostra avanços. A ideia é criar relações de confiança com a comunidade, de modo que a população possa prestar informações aos policiais e que os profissionais consigam conter possíveis crimes. Apenas no período de 30 de agosto a 16 de setembro, conforme dados da Polícia Militar, mais de cinco mil ocorrências foram registradas. O intuito é seguir o exemplo nas demais cidades de Pernambuco. A totalidade de viaturas atuantes em todo o Estado é de 176. Somente na Capital, além de Olinda e Jaboatão, primeiras cidades a receber o projeto, estão a maioria dos carros: 126.

“Podemos dizer que o programa está dando certo em todos os lugares em que estamos. Nosso trabalho é mais voltado para a contenção de crimes contra o patrimônio. A apreensão de drogas também é nosso foco, mas depende muito do contato que nossos PMs conseguem estabelecer com a comunidade”, afirmou o coordenador geral do Patrulha do Bairro, o tenente-coronel Josué Limeira. Conforme o gestor, a receptividade da população é grande, mas ainda existe uma dificuldade de as pessoas confiarem em repassar informações sobre moradores suspeitos. “Mas isso se consegue aos poucos”, afirmou, otimista, o oficial.

A ação dos soldados também facilita o trabalho do policiamento ordinário. “Não trabalhamos com a parte de crimes mais complexos, como homicídios. Mas, às vezes, acontece de o soldado escutar um tiro, por estar perto do local onde ocorreu o crime. Então, ele já consegue agir e ter um tempo de resposta muito grande”, observou o coordenador geral do Patrulha do Bairro. Dois policiais militares realizam rondas com cada viatura.

Também ocorrem abordagens a indivíduos suspeitos nas localidades. São mais comuns abordagens a motoqueiros e a motoristas de carros em que três ou mais homens se encontram. Os acontecimentos mais comuns de serem contidos pelos policiais do programa incluem os desentendimentos de familiares, principalmente discussões envolvendo bebidas, acusações de som alto e questões do cotidiano de forma geral.

Uma das características do programa é ser um apoio à sociedade e ao patrulhamento ordinário. “A patrulha não é um serviço principal, é só um extra. Até pela quantidade de policiais, que não é padrão. Ela sempre varia, de um mês a outro, porque os policiais não são obrigados a ‘tirarem’ esse serviço”, explicou o tenente-coronel Josué Limeira.

INTERNET
A população ainda pode contribuir com o serviço pela internet, por meio do site da Secretaria de Defesa Social (SDS). “Basta que o cidadão entre no site e faça a denúncia. É importante que eles digam o tipo de crime, o local, horário, dia da semana em que o crime ocorre com mais frequência e os nomes dos suspeitos, caso se saiba. Características de quem está sendo denunciado, como cor da pele, do cabelo, se a pessoa tem tatuagem, barba, bigode, também são importantes”, atestou o tenente-coronel Josué Limeira.

Também é essencial que o denunciante deixe o e-mail, para eventuais casos em que a polícia precise tirar dúvidas. Ainda conforme o coordenador do Patrulha do Bairro, há alguns casos em que é necessário um maior trabalho de investigação. Para isso, a Polícia Civil é acionada.

Fonte: FolhaPE

Blog do Deputado Federal GONZAGA PATRIOTA (PSB/PE)