Explosões causadas por obras da transposição deixam rachamentos em novas casas de agricultores em PE

Em muitos trechos da Transposição do Rio São Francisco, as obras têm preocupado moradores de cidades como Custódia (PE), onde o solo é de pedra e, para abrir caminho para a água passar, os operários tiveram que usar explosivos. Isso gerou consequências que vão muito além da construção dos canais. A quantidade de pedras arrancadas do chão revela os efeitos das detonações. Elas são necessárias e continuam acontecendo, às vezes perto, às vezes longe das vilas.

Muitas pessoas tiveram que deixar suas casas porque os canais, barragens, estações de bombeamento de água da transposição seriam construídos justo onde moravam. A negociação entre Ministério da Integração com os proprietários prevê a troca por moradias em vilas como o Núcleo Habitacional Fazenda Salão, em Sertânia. Há 39 casas prontas – com cadeado no portão, teia de aranha e ninguém morando. As casas chegaram a ser sorteadas, mas antes mesmo de serem habitadas trincaram por causa das explosões. A empresa que assumiu o serviço depois que a anterior foi embora está recuperando a única vila produtiva rural de Sertânia (PE), para que os desalojados pela obra voltem a ter o teto prometido pelo governo.

Os moradores da Vila Junco, em Cabrobó (PE), já têm. Luíza Isabel dos Santos, agricultora, até se deu o direito de fazer um jardim. “A água aqui é imensa, eu tenho dó de quem não tem. Às vezes tem gente que tem e não sabe usar. Eu uso, mas eu sei usar”, ensina. Depois de uma vida inteira numa casa de taipa no sítio, ela completou 70 anos no lar de alvenaria. Fez um rebaixamento de gesso no teto, mas ainda cultiva o hábito de cozinhar a lenha, embora tenha fogão a gás. Só ficou triste quando as fendas começaram a aparecer. “Aquela lá rachou de lá até aqui que eles disse que ia ser difícil reformar”, disse.

O Ministério da Integração se responsabilizou pelo conserto na casa de dona Luíza e em várias outras da vila, que os moradores rebatizaram de Baixio dos Grandes, nome da comunidade de onde tiveram que sair – são 56 unidades, de 99 metros quadrados cada. Como o terreno é grande – tem meio hectare – muita gente já construiu ao lado para os parentes. O Ministério também está ampliando a quadra de esportes e construindo uma praça.

Vandeilson Ribeiro, morador, até conseguiu uma vaga de trabalho. “Foi uma reviravolta, porque a gente morava em casas de taipa antigamente, a maioria das pessoas não tinha condição boa e hoje cada um tem sua casinha”, conta. Além disso, cada um recebe um salário mínimo e meio – R$ 939 – a título de manutenção, até receber o lote produtivo prometido.

Previsão de entrega

Cada família deve receber um lote de cinco hectares, sendo um já irrigado, 1,5 pronto para ser irrigado pelo produtor e 2,5 de área seca. Não há previsão para entrega desse lotes. A primeira vila construída está habitada desde maio de 2010. O projeto da transposição prevê a construção de 17 para abrigar quase 800 famílias sertanejas. Somente cinco ficaram prontas, cinco estão em obras e as sete restantes ainda estão em processo de licitação.

Em Floresta, os moradores do assentamento Serra Negra vivem a expectativa da demolição do posto de saúde. Técnicos do Ministério estiveram lá para negociar.“Ofereceram, no primeiro laudo R$ 18 mil e pouco e no outro foi R$ 22 e pouco. A comunidade não aceitou porque não dava. Queriam botar a responsabilidade da associação para construir e com esse dinheiro a gente não construía”, diz Carmélio de Souza Guerra, presidente da associação do assentamento. O posto, a 65 quilômetros do centro de Floresta, é o mais próximo para 400 famílias da zona rural. Tem médico, dentista e remédios.

Fonte: G1-PE

Blog do Deputado Federal GONZAGA PATRIOTA (PSB/PE)

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