Forró perde mais um seguidor da escola de Jackson do Pandeiro
Um dos ultimos remenascentes de uma escola de canto do forró que seguia a cartilha de Jackson do Pandeiro, o alagoano (de Penedo), o forrozeiro Joci Batista faleceu, quinta-feira, vítima de atropelamento em Olinda. Coincidentemente, ele havia feito uma apresentação recentemente em sua cidade natal. Foi lá também que foi homenagedo quando completou 78 anos, em janeiro deste ano.
Joci Batista morou durante muitos anos em São Paulo, onde gravou a maioria dos seus discos, todos fora de catálogo. Lançados por várias gravadoras. Verbetes sobre ele, assim como sobre a maioria dos nomes do forró, não constam de importantes obras de referência, a exemplo, do Dicionário Cravo Albin de MPB.
Coco de Itapuã (Wanderlei Martins/Piquerubi), Saudade dela (Durval Vieria), Juazeiro verde (de sua autoria), Na pensão de dona Biu (Joci Batista/Rita Passos Silva), alguns dos seus suc essos.
A pensão de dona Biu realmente existiu e foi um ponto de encontro de forreiros que moravam ou visitavam São Paulo. Joci Batista durante cinco anos viveu com a dona da pensão, frequentada por nomes como Edgar Ferreira (o compositor de 17 na correntee 1×1, entre outras), Jackson do Pandeiro, Jacinto Silva, e até mesmo Luiz Gonzaga.
Usando a pensão como “locação”, Joci Batista é intérprete do divertido rojão Briga de artista (Durval Vieira, uma verdadeira “Festa de arromba”, do forró: “Briga como aquela/ninguém nunca viu/de artista nordestino/na pensão de dona Biu”. Jackson do Pandeiro, Jacinto Silva, Luiz Vieira, Luiz Wanderley, Zé Paraíba, Gérson Filho, todo mundo se engalfinha até que, na estrofe final a briga acaba: “Chegou Luiz Gonzaga/eles todos respeitaram/ele e o velho Januário/acabaram a confusão”. Nos últimos cinco anos Joci Batista passou a ser mais reconhecido, tanto aqui em Pernambuco, quanto em Alagoas, onde se apresentava, geralmente, com sua filha, também cantora, Jocilda Batista.
Fonte: JConline
Blog do Deputado Federal GONZAGA PATRIOTA (PSB/PE)
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