Imagens do Carnaval de Pernambuco em exposição nos Estados Unidos
Assim como milhares de visitantes de outros Estados e países, o fotógrafo norte-americano Jason Gardner, morador de Nova Iorque, apaixonou-se imediatamente pelo festival de sons e cores do Carnaval de Pernambuco. Tanto que, nos últimos nove anos, ele sempre voltou para reviver as sensações da nossa maior festa popular e, claro, para registrar em imagens suas diversas manifestações culturais. O conjunto do seu trabalho – intitulado A flower in the mouth (Uma flor na boca) – está em exposição desde o dia 14 deste mês no Consulado-Geral do Brasil em Los Angeles.
Além disso, Jason pretende publicar um livro com fotografias, entrevistas e seus próprios relatos. A obra, em suas palavras, “mostrará o rico patrimônio cultural de Pernambuco, uma região muitas vezes negligenciada por visitantes internacionais”.
As aventuras do americano por Pernambuco começaram em outubro de 2004. Jason Gardner conversara com diversas pessoas, incluindo importantes etnomusicólogos especializados em Brasil. Sua intenção era realizar um estudo profundo de algum localidade brasileira ainda pouco conhecida do resto do mundo. “Todos eles me indicaram Pernambuco”, conta.
O fotógrafo chegou aqui, pela primeira vez, em período de baixa estação. Mas a experiência foi proveitosa: ele conversou com diversos músicos que o aconselharam a experimentar as expressões populares da cultura pernambucana em toda sua plenitude. Dessa forma, decidiu que tinha que voltar para conhecer Carnaval.
“Foi uma maratona de quatro dias, um tesouro de estilos musicais únicos, tudo gratuito e ao ar livre. É um Carnaval democrático e autêntico, repleto de temáticas e conceitos, no qual bairros e comunidades se juntam para celebrar, quer seja em uma pequena rua de algum bairro ou no Galo da Madrugada”, relata.
Jason Gardner diz ter se impressionado com o orgulhoso que os pernambucanos demonstram por sua cultura, “que é não apenas vibrante, mas bastante diversa”, reforça.
SEMELHANÇAS
Jason enxerga muitas similaridades entre os festejos carnavalescos realizados aqui na cidade de Nova Orleans, na Louisiana. Lá, as pessoas costumam se preparar o ano inteiro para desfilar nos eventos que acontecem entre dezembro e janeiro. “Além disso, os caboclos de lança (do maracatu de baque solto) me lembram bastante os índios do Mardi Gras. Já os negros mantêm a tradição de, anualmente, criar fantasias e desfilar para homenagear os nativos que ajudaram os escravos fugitivos” conta.
O fotógrafo americano está fazendo uma campanha online, via financiamento coletivo (crowdfunding), para publicar e distribuir seu livro de antropologia visual nos Estados Unidos, Europa e Brasil.
Fonte: JConline
Blog do Deputado Federal GONZAGA PATRIOTA (PSB/PE)
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