Há poucos meses do início da maratona de provas de vestibular, maior a correria, a ansiedade e o estresse. São diversos aulões, simulados, sem falar na carga horária normal do colégio. Com essa rotina, não sobra muito tempo para uma alimentação adequada, mas sobra lugar para frituras, massas e comidas rápidas. Nessa maratona, uma alimentação saudável e balanceada é muito importante e pode melhorar o desempenho do fera na hora de assimilar os conteúdos, diminuir a ansiedade e o estresse.

Não há segredo, apenas disciplina, e a nutricionista Cristiana Menezes dá dicas da alimentação capaz de deixar o estudante pronto para realizar as provas no fim do ano. Segundo a profissional, essa rotina pode trazer o mal funcionamento do intestino, que vai, consequentemente, causar irritação e falta de concentração ao vestibulando. Alguns alimentos são aliados nessa luta, entre eles: chocolates, frutas oleaginosas (amendoim, pistache e castanha, por exemplo) e peixes. O chocolate diminui o estresse, assim como as oleaginosas, esta última ainda reduz a ansiedade.

“O ômega 3 presente nos peixes melhora a inteligência. As oleaginosas também são boas para a memória porque são ricas em gordura saudável, necessárias para o estudante, diferente dos pasteis e empadas”, lembra. Pequenos detalhes podem fazer grande diferença no aproveitamento do dia. Ter horário para se alimentar, por exemplo, ajuda a também diminuir a ansiedade. “A vontade de comer está relacionada à serotonina cerebral, um neurotransmissor envolvido com o mecanismo da ansiedade. O máximo de tempo que se deve passar sem comer é de três horas e meia”, ensina Cristiana.

Antes de qualquer coisa, não se deve, em hipótese alguma, sair de casa sem tomar o café da manhã. “Ele deve ser composto por fruta + proteína láctea + carboidrato”, indica. No almoço, não pode faltar o feijão. “O prato ideal é feijão, arroz e carne. Para quem tem muito sono, melhor optar pelo feijão verde ou macassar que têm uma digestão mais fácil. Evite também carboidratos, como farofa, purê de batatas. Para os mais famintos, a dica é tomar suco antes da refeição, para não comer tanto e ficar com sono ou cansaço na sequência. Líquidos devem ser tomados apenas nos intervalos das refeições”, enfatiza a profissional. Ainda segundo ela, após o almoço é permitido que se coma um chocolate.

Os que gostam de comer salada, se não conseguem durante o almoço, a dica é ver se comem quando chegarem em casa. “À noite a regra é comer alimentos que tenham uma digestão fácil. Antes de dormir ainda é hora de estudar, então, se comer salsicha, linguiça, charque com macaxeira, por exemplo, vai bater o cansaço e o sono. Quem estava planejando estudar mais um pouco não vai conseguir. Cai o rendimento”, esclarece.

Os lanches devem vir antes do almoço, e duas vezes depois. Para isso, os estudantes podem sair de casa também com frutas, barrinhas de proteína, que podem ser comidas até durante as aulas, ao invés de biscoitos e salgadinhos. Outras opções de lanche rápido são as frutas oleaginosas, além dos sanduíches naturais, que podem ser comidos no percurso antes das provas. É importante evitar pipocas e refrigerantes, principalmente nos intervalos das aulas e nos horários produtivos intelectualmente.

Também se deve aumentar a quantidade de suco e água de coco, que pode ser até a industrializada, para substituir os refrigerantes. Evite também os chás. Outra boa opção são picolés de fruta e até de chocolate, desde que não tenham aquelas casquinhas. Os que gostam de café, ele só deve ser consumido após o almoço e até às 16h, para não comprometer o sono.

O consumo de água pode ajudar na hora do descanso. “Se o estudante não faz isso durante o dia, à noite ele vai chegar em casa e beber muita água. Isso vai fazê-lo dormir menos pela necessidade de se levantar para ir ao banheiro com maior frequência durante a noite. Alguns, pelo cansaço, chegam a não se levantar, mas não vão ter um sono profundo”, explica a nutricionista. Segundo ela, deve-se tomar pelo menos meio litro pela manhã e a mesma quantidade à tarde.

Apesar do corre-corre, os exercícios devem fazer parte do dia a dia. “Tem que fazer alguma atividade física, nem que seja meia hora por dia. Subir e descer escadas ou fazer 15 minutos de esteira são atividades possíveis. Abandonar o sedentarismo estimula a circulação sanguínea e isso ajuda a desintoxicar o organismo e livrá-lo dos efeitos do estresse alto ao qual se é submetido neste período de provas”, esclarece. Se mesmo depois de todas essas dicas a fadiga permanecer, procure um nutricionista. Apesar da correria, não é normal acordar cansado.

Fonte: Folha PE

Blog do Deputado Federal GONZAGA PATRIOTA (PSB/PE)