Instagram volta atrás após reclamações e desiste de novo sistema de anúncio
Em nota divulgada na noite desta quinta-feira (21), o Instagram voltou atrás e afirmou que manterá a política de anúncios adotada desde o início do serviço, em outubro de 2010. O conteúdo sofreu algumas pequenas alterações para acalmar os usuários e será colocado em prática no dia 19 de janeiro. O post foi motivado por muitos protestos durante a semana, após a empresa divulgar seus novos termos – alguns usuários ameaçaram deixar a rede, com o temor de que suas fotos fossem vendidas.
“Em vez de obter sua permissão para introduzir possíveis novos anúncios que ainda não foram desenvolvidos, vamos investir tempo para completar nossos planos e depois daremos um retorno a nossos usuários, para explicar como nossos anúncios funcionarão”, escreveu Kevin Systrom, cofundador do Instagram. A empresa foi comprada em abril pelo Facebook e tem mais de 100 milhões de usuários.
Em nenhum momento, no entanto, ele reconhece haver problemas com os novos termos de uso do programa. Systrom admite apenas que a empresa “falhou no que considero uma de nossas mais importantes responsabilidades: comunicar nossas intenções de forma clara”. Ele pediu desculpas e afirmou estar focado em “fazer a coisa certa”. No post divulgado no blog, ele reforçou: “O Instagram não tem a intenção de vender suas fotos, nunca tivemos. Não somos donos de suas fotos, você é.”
Polêmica
Na atualização dos termos de serviço, o trecho mais polêmico da proposta foi excluído sem ter sido colocado em prática. Ele citava o uso de dados dos perfis — como nome de usuários, “curtidas” e fotos — em publicidade e promoções. Segundo o tópico “Direitos de propriedade”, o usuário, para ajudar na oferta de conteúdo pago ou patrocinado, deveria concordar que “empresas e entidades paguem ao Instagram para exibir seus dados de perfil”. Isso incluía o nome de usuário e fotos (juntamente com todos os metadados associados), sem que o dono do perfil receba por isso.
No novo texto, a empresa afirma: “O Instagram não reivindica propriedade de nenhum conteúdo que você posta no serviço. Em vez disso, por meio deste você concede ao Instagram uma licença não exclusiva, sem pagamento de direitos autorais, transferível, sublicenciável e global para o uso do conteúdo que você posta no serviço. Veja aqui (em inglês) os termos completos ligados à privacidade.
“Estamos ouvindo”
Antes de voltar atrás, Systrom escreveu outro post negando que fosse vender as fotos de seus usuários para terceiros e anunciando que o texto seria “melhorado“.
“Nossa intenção […] era comunicar que gostaríamos de testar novas formas de anúncios, que parecem apropriadas para o Instagram. Muitos interpretaram que venderíamos suas fotos, sem qualquer tipo de recompensa. Isso não é verdade e o erro foi nosso, pelo uso de uma linguagem confusa. Para sermos claros: não é nossa intenção vender suas fotos”, frisou Kevin Systrom, cofundador do Instagram.
“Depois de rever o retorno de vocês e as reportagens na imprensa, vamos modificar partes específicas dos termos para deixar mais claro o que vai acontecer com as suas fotos”, completou.
Mas Systrom, ao tentar falar sobre como a rede social pretende usar dados dos perfis comercialmente, não explicou efetivamente as mudanças. “Suponha que uma empresa queira promover sua conta para ganhar mais seguidores, e o Instagram possa destacá-la de alguma forma. Para criar uma promoção mais proveitosa e relevante, seria útil ver quais das pessoas que você segue também seguem esta empresa. Dessa forma, alguns dos dados que você produz –ações como seguir uma conta ou a foto de seu perfil – podem aparecer se você estiver seguindo essa empresa.”
Mudanças
Na segunda (17), usuários do Instagram foram comunicados sobre alterações que a rede social de fotos fará em seus termos de uso do serviço por uma mensagem no próprio aplicativo.
Entre as novidades do texto original, era citado o uso de dados dos perfis — como nome de usuários, “curtidas” e fotos — em publicidade e promoções. Segundo o tópico “Direitos de propriedade”, alguns serviços da rede são apoiados pela receita de anúncios. O usuário, para ajudar na oferta de conteúdo pago ou patrocinado, deveria concordar que “empresas e entidades paguem ao Instagram para exibir seus dados de perfil”. Isso inclui o nome de usuário, fotos (juntamente com todos os metadados associados), sem que o dono do perfil receba por isso.
Alguns usuários iniciaram um movimento na internet para que as contas no Instagram fossem apagadas. Roberto Baldwin, da Wired, sugeriu que as pessoas baixassem as fotos do Instagram e depois apagassem suas contas, sob o pretexto de que a empresa poderia “vender suas fotos para terceiros em anúncios sem comunicá-lo”. O “Huffington Post” chegou a fazer um tutorial ensinando como deletar sua conta no site e divulgou 11 alternativas à popular rede social.
Já o perfil da revista “National Geographic” anunciou a suspensão dos posts no Instagram. “Estamos muito preocupados com a direção dos novos termos de serviço propostos e se eles continuarem como foram apresentados poderemos fechar nossa conta”, diz o post.
Fonte: Uol Notícias
Blog do Deputado Federal GONZAGA PATRIOTA (PSB/PE)
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