Instituto dos Cegos completa 103 ajudando portadores de necessidades especiais
Sem nunca ter enxergado, Luciene Félix do Nascimento, 22 anos, integra o grupo de 140 deficientes visuais atendidos pelo Instituto de Cegos Antônio Pessoa de Queiroz, localizado no bairro das Graças, Zona Norte do Recife. A entidade, que completa hoje 103 anos de fundação, oferece gratuitamente aulas de braile, música, dança, teatro, hidroginástica e artes para pessoas cegas. A comemoração do aniversário será dia 29, com missa, hasteamento de bandeiras e apresentação da Banda da Polícia Militar de Pernambuco.
“Frequento o instituto desde criança. Acho importante o trabalho que fazem aqui”, comenta Luciene, durante uma aula de artesanato. Com ajuda do professor José Carlos Lucena, os alunos de música montaram a banda Mistura Visual. Claiton Santana, 19, é o baterista. “A música ajuda a distrair”, afirma Claiton, que toca profissionalmente em festas.
Para Iranelza Souza, 39, o desafio é aprender a escrever em braile. Ela ficou cega oito anos atrás, por causa de uma atrofia num nervo ótico. “Fiquei quatro anos em casa depois que parei de enxergar. Uma amiga me falou do instituto. É difícil se adaptar a essa nova realidade, mas estou tentando”, observa Iranelza.
Vinculado à Santa Casa de Misericórdia, o instituto depende de doações e parcerias. “Em abril, por exemplo, o Senac vai ministrar cursos de informática, telemarketing e massoterapia para nossos alunos”, conta a diretora, irmã Maria das Graças Silva. Empresas e pessoas que queiram contribuir podem entrar em contato pelos telefones 3231.0936 e 3423.1491.
O empresário Antônio Pessoa de Queiroz ficou cego quando tinha 3 anos de idade, vítima de um acidente com fogos numa festa junina. Sua família o enviou para estudar no Instituto Benjamim Constant, no Rio de Janeiro. Por ter sido o melhor aluno, ganhou uma viagem para a Europa. Em vez de viajar, usou o dinheiro para fundar a entidade.
Fonte: JC Online
Blog do Deputado Federal GONZAGA PATRIOTA (PSB/PE)





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