Julgamento é encerrado com Delma Freire condenada a 32 anos de prisão
- By : Assessoria de Comunicação do Deputado Gonzaga Patriota
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Saiu o veredito. O Conselho de Sentença condenou Delma Freire, Dinarte Dantas de Medeiros, Pablo e Ferdinando Tonelli pelo assassinato da turista alemã Jennifer Kloker, no dia 16 de fevereiro de 2010. Depois de dois adiamentos do júri popular e muitas reviravoltas durante os quatro dias de julgamento, o destino dos quatro réus foi traçado.
Para Delma, coube uma pena de 32 anos, sendo 28 anos por homicídio duplamente qualificado, dois anos por formação de quadrilha e ainda mais dois por fraude processual; Pablo Tonelli recebeu pena de 24 anos por homicídio e mais um ano e seis meses por formação de quadrilha, totalizando 25 anos e seis meses; Ferdinando Tonelli foi igualmente condenado a 25 anos e seis meses. Por fim, Dinarte Dantas, irmão de Delma, recebeu a sentença de 13 anos e quatro meses por homicídio, tendo o acréscimo de mais um ano por formação de quadrilha, totalizando 14 anos e quatro meses.
Os promotores requisitaram a apreensão dos passaportes de Delma, Pablo e Ferdinando, assim como a divulgação das sentenças junto à Polícia Federal brasileira e ao Consulado Italiano. Também pediu o cancelamento de três certidões de nascimento, expedidas irregularmente em nome de Pablo Tonelli.
O quarto e último dia de julgamento do Fórum de São Lourenço da Mata, foi o que registrou mais atrasos. Com 2 horas e meia depois do marcado, a sessão começou com a conversa entre promotoria, defesa e a juíza Marinês Marques Viana, para elaborar os quesitos para serem respondidos pelos jurados do Conselho de Sentença.
Em menos de 10 minutos, a magistrada leu todo o conteúdo aos jurados e aos presentes no plenário, solicitando em seguida a saída de todos da sala. Em duas horas, os jurados finalizaram suas respostas e a sentença foi divulgada às 17h50, pondo fim ao caso e determinando o futuro de Delma Freire, Dinarte Dantas de Medeiros, Pablo e Ferdinando Tonelli.
No primeiro dia, movimentação era pequena, mas foi aumentando com o decorrer do julgamento. Do lado de fora do Fórum, o clima foi de comemoração. Moradores e curiosos, que aguardavam com ansiedade pelo resultado, se mostraram satisfeitos com as penas aplicadas no caso. O que se via na rua era uma intensa torcida para a condenação de todos eles. Mas era unânime a maior culpa direcionada a Delma.
Na saída dos réus, houve tumulto e foi necessário apoio policial. Dezenas de pessoas se aglomeraram em torno da viatura do sistema prisional, aos gritos de “Assassina”. Delma Freire seguiu para a Colônia Penal Feminina, localizada em Abreu e Lima, onde deve permanecer. Já Pablo e Ferdinando Tonelli, seguiram para o Complexo Prisional Aníbal Bruno, no bairro do Sancho, no Recife, de onde seguem para a Penitenciária Barreto Campelo, em Itamaracá, onde Alexsandro Neves dos Santos, apontado como executor do crime, aguarda o dia do julgamento. Dinarte Dantas deve permanecer em liberdade até sair o resultado do trânsito em julgado, que irá determinar de que forma vai responder ao crime. Resultado deve sair em seis meses.
Retrospectiva
Nos dias de julgamento, Delma, que nunca tinha confessado o crime em juízo, apenas para a reportagem da Folha de Pernambuco, em maio de 2011, decidiu abrir o jogo na frente dos jurados, no terceiro dia de júri. Ela revelou detalhes sobre o crime que resultou na morte de Jennifer Kloker, em fevereiro de 2010. Em seu depoimento, destacou a participação do seu irmão por parte de pai, Dinarte Dantas de Medeiros, dizendo que ele se disponibilizou a matar a turista, mas que acabou contratando Alexsandro Neves dos Santos.
A confissão de Delma levou o seu advogado Washington Barros a renunciar da defesa da ré, que seguiu apenas com José Carlos Penha. Ferdinnando, em seu terceiro depoimento, também no terceiro dia, pouco antes da fala de Delma, também decidiu confessar e se posicionou como o financiador do crime. Pablo por sua vez apontou a mãe como mentora, espantando os advogados de Delma, que esperavam que os réus negassem o crime e permanecessem em silêncio.
Dinarte permaneceu com o mesmo discurso que vinha apresentando desde o início das investigações. Mas, para ser por fim por definitivo no caso, haverá, em fevereiro do próximo ano, o julgamento de Alexsandro, o vigilante apontado como o homem que atirou contra a vítima.
Fonte: FolhaPE
Blog do Deputado Federal GONZAGA PATRIOTA (PSB/PE)
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